Nota à imprensa – Cbic

TAMANHO DA FONTE: A+ A A-
Assessoria de Comunicação da Cbic 
 
A Construção Civil é um dos setores que mais empregam no Brasil. São 3,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada. De outubro de 2014 a março de 2015, foram extintos mais de 268 mil postos de trabalho no setor, de acordo com o Caged. Entre as principais razões, destacam-se a estagnação da economia e atrasos de pagamentos do setor público, nos três níveis de governo.
 
"Reconhecemos a necessidade do ajuste, mas nos preocupa a forma como está sendo implementado, baseado muito mais no investimento", afirma o presidente da Cbic, José Carlos Martins. A redução do PAC em R$ 25,7 bilhões certamente irá representar uma queda ainda maior no nível de emprego. No PMCMV, por exemplo, que emprega 400 mil trabalhadores com carteira assinada, a proposta reduz em 30 % os recursos. Diante deste cenário, deverá existir atrasos na entrega, desemprego e dificuldade para as empresas se manterem em atividade.
 
Com certeza o corte de 70 bilhões de reais no investimento não atende a demanda da sociedade brasileira, tão carente de serviços públicos, como habitação e infraestrutura em geral. 
 
Vale destacar que, no momento que o Brasil precisa readquirir credibilidade, os recursos disponibilizados deveriam ser, ao menos, suficientes para honrar os contratos firmados.
 
Na área tributária, um exemplo do que poderia ter maior eficácia é a proposta de desoneração do setor. Se a intenção é aumentar a arrecadação, a medida proposta vem em sentido oposto do que deveria ser. O foco da medida deveria ser na questão da informalidade, que hoje representa 54%. Quando o PL 863/2015, na prática, troca a contribuição sobre faturamento, que incidiria sobre todos, e passa para a folha de pagamento, somente sobre os formais, acaba gerando o efeito contrário do pretendido.
 
Reforçando mais uma vez a importância da construção no Brasil, a Cbic lembra que o setor representa 6,5% do produto Interno Bruto (PIB) e participa com mais da metade do investimento nacional. Diante disso, reafirmamos que cortar investimentos nas áreas de habitação, mobilidade urbana, saneamento e etc. pode ser um fator bastante prejudicial para a geração de renda e emprego, afetando fortemente o desenvolvimento social e econômico brasileiro.

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