Fato Online
Valéria Rodrigues
A construção civil continua registrando queda no nível de atividade, e as empresas do setor continuam insatisfeitas com a situação financeira e também com o lucro operacional. De acordo com a Sondagem da Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira (26) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o indicador de atividade da indústria da construção recuou para 35,9 pontos em setembro, o menor de toda a série histórica, iniciada em dezembro de 2009. Em agosto, o indicador estava em 36,2 pontos. Quanto mais distante dos 50 pontos, maior a deterioração do quadro do setor avaliado.
Como consequência, o fechamento de vagas de trabalho continua. Embora tenha passado de 34,7 pontos em agosto para 35,2 pontos em setembro, o indicador permanece abaixo da média de 50 pontos, o que indicaria uma interrupção das demissões no setor, mas não a volta das contratações. Dentre as principais dificuldades encontradas pelo setor, a carga tributária continua sendo apontada como o principal problema dessa indústria, seguida da elevada taxa de juros, afirma a publicação da CNI. A retração no consumo interno e o aumento da inadimplência dos clientes também foram apontados como problemas.
E diante do cenário que não muda, o empresário do setor da construção está cada vez mais reticente em relação a fazer novos investimentos. No espaço de um ano, a intenção de investimentos no setor recuou 41,4%. Em outubro, o indicador chegou a 25,2 pontos, ante os 26 pontos de setembro. E, neste mês, quanto maior a empresa, menor a disposição para investir.
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