Mulheres mostram habilidades na construção civil

TAMANHO DA FONTE: A+ A A-

Agência Cbic

A luta das mulheres pelo seu espaço não é nova. Em 1917, Edwiges Maria Becker Hom’meil entra para a história como a primeira engenheira do Brasil, formada pela Escola Polythecnica do antigo Distrito Federal, hoje a Escola Politécnica da UFRJ. E tudo indica que a administração feminina rende bons resultados nos canteiros de obras. Uma pesquisa do Sebrae aponta que a ascensão do número de mulheres na construção civil teve início em 2011. Desde então, vem conquistando cada vez mais profissionais. Em 2006, eram pouco mais de 54 mil mulheres contratadas em obras. Em 2011, já eram mais de 109 mil mulheres com carteira assinada na construção de edifícios em todo o país.

n

 
Um bom exemplo desse movimento é a engenheira Sarah Paiva, 28, hoje à frente da obra do Residencial Persona Bueno By Brasal, em Goiânia, com mais de 200 operários no canteiro. “Entrei na empresa em 2011 como estagiária, conseguiu o cargo com muito esforço e dedicação, mostrando com meu trabalho que dava conta do recado. Apesar de serem muitos homens, mais de 90% da obra, nunca sofri preconceito, pelo contrário, sempre fui respeitada”, explica.
 
Já a rejuntadeira Edilene Ferreira da Silva, 28, da Dinâmica Engenharira, diz que começou na  limpeza, mas logo passou para rejuntadeira. "O pessoal prefere a mulher para esse trabalho, porque temos mais paciência, delicadeza e atenção para que saia um acabamento perfeito. Aprendi na prática e prefiro isso à limpeza, ganho mais”, explica.
 
O sexo feminino já não teme passar diante de um canteiro de obras cheio do sexo oposto: elas estão tomando o lugar deles, lá dentro. O trabalho é pesado, mas Ivonete Borges da Silva, 49 anos, não reclama. É como a única pedreira de acabamento da CMO Construtora, também de Goiânia, que entrou para a tradicional profissão exercida exclusivamente por homens, há alguns anos atrás, que são funções da construção civil. Ela garante que todos os colegas de trabalho a respeitam e nunca se sentiu discriminada dentro do canteiro de obras. Ao contrário, até recebe gentilezas de alguns colegas, quando está carregando algo muito pesado. Ela ainda brinca ao dizer que, quando fala para as pessoas sua profissão, todos acham que ela está brincando, mas garante que ficam admirados pela “garra” e esforço dela.
 
(Com informações da Comunicação Sem Fronteiras)

Leave a Comment

Abrir bate-papo
Precisa de ajuda?
Olá, 👋
em que podemos te ajudar?