Lançamentos no Centro-Oeste somam 257 empreendimentos – Portal AECweb

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A região Centro-Oeste do país concentra 257 empreendimentos em fase de projeto/lançamento. A informação consta do estudo realizado pela Rede de Obras, ferramenta de pesquisa da e-Construmarket. Segundo o levantamento, são 2.814 edifícios residenciais, somando 85.507 unidades e área construída de, aproximadamente, 7.214.165 m². Do total de projetos, 156 são populares, 84 de médio padrão e 17 de alto padrão.

Goiás é o estado com a maior quantidade de empreendimentos, com 114. Logo na sequência aparecem Distrito Federal (86), Mato Grosso (30) e Mato Grosso do Sul (27). Quando o ranking leva em consideração o número de unidades, o DF é o primeiro colocado, com 47.052 apartamentos. Goiás aparece em segundo, com 26.548. Mato Grosso fica em terceiro, com 6.117; e Mato Grosso do Sul, em quarto, com 5.790.
 


 


Momento do mercado

“A situação do mercado imobiliário no Distrito Federal está melhor do que em outras capitais. Aos poucos, o setor tem voltado a movimentar a economia da região. A pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis residenciais demonstra essa realidade, registrando 6% no mês de maio”, destaca o engenheiro Adalberto Cleber Valadão Júnior, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF).

O IVV considerado realista para o mercado imobiliário é de 5%. A média dos índices coletados no Distrito Federal, desde janeiro deste ano, aponta para 6,24%. “Vale destacar que o recorde nas vendas foi registrado em março, quando o número foi de 7,5%”, afirma o vice-presidente.

Segundo Valadão, apesar de existir demanda por imóveis residenciais, até junho de 2017 foram realizados apenas seis lançamentos. “Desses projetos, três são na região administrativa de Samambaia”, diz. A expectativa do setor é que a quantidade de novos empreendimentos atinja a marca de dez lançamentos até dezembro. “Em 2016, foram 12 projetos grandes em todo o DF”, complementa.

Novos projetos

Mesmo com a baixa nos lançamentos, muitas construtoras continuam desenvolvendo projetos e se preparando para a reativação da economia. “É natural e saudável que esses empreendimentos sejam lançados pouco a pouco, pois é preciso conciliar muito bem a oferta com o que temos de demanda”, destaca o engenheiro.

À medida que as taxas de juros forem diminuindo e, por consequência, o crédito aumentando, os novos projetos serão gradativamente colocados no mercado. Também tem influência o cenário político e econômico do país, que precisa se tornar mais previsível para colaborar com a retomada do ritmo do setor.

Impactos da crise

Com os atuais problemas na economia, a maioria das construtoras diminuiu muito o ritmo de suas atividades. “A falta de disponibilidade de acesso ao crédito atinge diretamente o setor. A crise desvia os recursos que deveriam circular no mercado para o atendimento de demandas da máquina pública”, analisa Valadão. Promoções e condições diferenciadas de pagamento diretamente com as construtoras têm sido ferramentas utilizadas para incrementar as vendas.

Oferta x demanda

Analisando o gráfico comparativo dos anos de 2015, 2016 e 2017 da oferta de imóveis residenciais, é possível verificar que a disponibilidade de unidades vem caindo. “Um exemplo é a região de Águas Claras. Não há mais apartamentos novos de três quartos para venda nessa localidade. O mesmo acontece em Ceilândia, para residências de dois quartos”, comenta o vice-presidente.

“Temos a menor oferta dos últimos tempos. A expectativa é que quando o ciclo de redução de preços for encerrado, ocorra a retomada do crescimento dos valores do metro quadrado no DF”, afirma o engenheiro. Esse movimento será gradativo, tendo em vista que o mercado comprador ainda está inseguro frente aos acontecimentos políticos e incertezas no cenário econômico. “Mas, acreditamos que será sustentável”, completa.

Conforme as condições de financiamento forem melhorando, o que já começou a acontecer, novos públicos passam a integrar a demanda real. “Afinal, quando essas pessoas começarem a ter capacidade de concretizar o negócio, a tendência é de que se inverta em definitivo o ciclo negativo do mercado imobiliário do DF”, fala o vice-presidente.

Tipos de projeto

Os construtores e incorporadores não têm demonstrado preferência pelo critério de empreendimentos por faixas de renda. O que existem são movimentos de lançamentos no Noroeste do DF, assim como em Samambaia e outras cidades satélites, com menores valores do metro quadrado. Optar por um projeto popular, de alto ou médio padrão, depende mais do foco de cada empresa, pois a oferta tem diminuído em todas as faixas de renda e localizações.

Perspectivas

Para o engenheiro, há demandas do setor que dependem da ação do poder público. Ele destaca a necessidade de simplificação nos processos de licenciamento (desburocratização) e a atuação da fiscalização tanto nas obras regulares quanto nas irregulares.

“Sobre o futuro do setor, a expectativa é de otimismo, apesar da consciência de que o reaquecimento das atividades do mercado imobiliário será lento e gradual. Porém, consistente e sustentável”, finaliza Valadão.

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