Agência Cbic
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Levantamento realizado pelo Ministério Público do Trabalho em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontou que, entre o começo de 2017 e março deste ano, ao menos um trabalhador brasileiro morreu a cada quatro horas e meia, vítima de acidente de trabalho. Diante deste cenário, Haruo Ishikawa, vice-presidente do SindusCon-SP e presidente do Seconci-SP, chama a atenção para a importância dos cuidados com a segurança nas obras, por ocasião do “Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho”, no próximo dia 27 de julho.
Segundo Ishikawa, as empresas que fizeram as contas perceberam a importância da prevenção. “A empresa que investe em Saúde e Segurança do Trabalho sai no lucro. Aumenta a produtividade e gasta bem menos do que o prejuízo advindo de acidentes decorrentes da ausência de uma gestão prevencionista”, comenta.
O engenheiro de Segurança do Trabalho do Seconci-SP, Michel da Rocha Sotelo, ressalta que, apesar de ainda ser muito elevado, o número de mortes por motivos laborais vem caindo nos últimos anos. “A fiscalização dos órgãos governamentais e a conscientização de empresários e trabalhadores têm contribuído para esta redução”, comenta.
Sotelo aponta que a manutenção e a ampliação dos programas de Gestão de Segurança do Trabalho (GST) são fundamentais, tendo em vista os impactos sociais e econômicos de um acidente. Outro impacto direto do aumento dos acidentes de trabalho é a elevação, pelo governo, da alíquota do Seguro de Acidentes no Trabalho (SAT, atualmente denominado RAT – Risco Ambiental do Trabalho). O processo trabalhista é mais um fator levantado pelo especialista, que pode impactar o caixa da empresa.
A escalada de acidentes em uma mesma empresa motiva representações de sindicatos ao Ministério Público do Trabalho. Esse, constatando irregularidades, poderá solicitar o embargo da obra e a imposição de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) e multas pesadas à construtora”, salienta o engenheiro.
(Com informações do Seconci-SP)