Inovação e crise econômica são debatidas no último dia do Encontro Nacional da Indústria

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Patrícia Figuerêdo
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

Inovação, protagonismo sindical e crise econômica brasileira foram os temas debatidos durante o segundo e último dia do 10ª Encontro Nacional da Indústria (Enai), que contou com uma palestra do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. O Sinduscon-DF esteve presente e ressalta a importância de levar para o segmento da construção civil o conhecimento adquirido durante o evento. Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o encontro reuniu cerca de duas mil pessoas no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).

“Os processos de inovação são digitais e não há mais volta”, afirmou o professor associado à Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio), Silvio Meira, na abertura do último dia do Enai. Em sua explanação, pontuou as novas tendências para atuação sindical no meio digital. Segundo ele, há três chaves para se inserir nesse ambiente: “Aproveitar as tecnologias; entender que inovar é mudar o comportamento; e ter flexibilidade, no sentido de abrir-se para o novo”, disse.

Para o presidente do Sinduscon-DF, Luiz Carlos Botelho, inovar é uma excelente ferramenta para dar uma metodologia de avanço nas empresas. “Avanço no sentido de entender a inovação e aplicar. Uma maneira de propulsionar uma boa gestão e sustentar políticas de progresso”, avaliou.

Com a palestra de encerramento do 10º Enai, o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, trouxe uma visão mais otimista sobre o atual cenário da economia brasileira. “É apenas um período de transição. Não devemos nos esquecer das vantagens que o país possui, no sentido de recursos naturais, bem como os avanços dos últimos 20 anos”, destacou. O presidente do Sinduscon-DF, Luiz Carlos Botelho, lamenta que o povo brasileiro não está preparado para usufruir dos recursos. “Às vezes, até os danifica”, lembrou.

Clinton ressaltou que preferiria estar na situação do Brasil que na de muitos países do mundo. Segundo ele, apesar da gravidade da crise, o cenário atual é mais favorável que o de países que, por exemplo, enfrentam elevadas taxas de desemprego na população jovem, como a Grécia, ou atravessam uma guerra civil e a ameaça de um estado terrorista, como a Síria.

Botelho destacou que Bill Clinton traduziu um cenário geográfico de natureza geopolítica, mas não um cenário de natureza de gestão. Ele considera que o principal problema do Brasil é político e de governança. “Não foi contemplado o nosso sistema político nacional de representação dos interesses verdadeiros da sociedade. Verdadeiro, no sentido de resolver os conflitos internos e oportunizar o crescimento da qualidade dos investimentos, de vida e de responsabilidade de trabalho”, ressaltou.  

Representando o Sinduscon-DF, os diretores Graciomário Queiroz, Marcontoni Montezuma, Mirelle Corrêa, Tereza Christina, Leonardo Ávila e Guilherme Barros estiveram presentes no evento. O presidente da Asbraco, Afonso Assad; e o presidente da Ademi-DF, Paulo Muniz, também marcaram presença.

O objetivo do Enai foi discutir a crise econômica brasileira e os entraves ao aumento da competitividade. Durante os dois dias, os representantes da indústria debateram com ministros, parlamentares, empresários e especialistas o tema “Brasil: ajustes e correções de rota”.  

(Com informações da Agência CNI de Notícias)

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