Indicador de vendas do Distrito Federal dobra em janeiro

TAMANHO DA FONTE: A+ A A-

 

Assessoria de Imprensa da Ademi-DF

 

Mês geralmente de vendas mais baixas no setor imobiliário, janeiro surpreendeu e registrou a maior velocidade de vendas para o mês desde 2015, quando foi iniciada a pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis novos no Distrito Federal. O IVV para imóveis residenciais novos no 1º mês de 2019 foi de 7,3%, ou seja, 109% maior do que o IVV de janeiro de 2018 (3,5%). A velocidade considerada como referência pelo setor imobiliário é de 5%.

 

Comercializações

n

 
Planaltina registrou maior IVV em janeiro: 19,1%; Samambaia veio logo depois com 16,4%; em seguida, Santa Maria, 14,2%. Nessas localidades, o que influenciou o bom desempenho foram os negócios com unidades de baixo custo, que têm condições mais favoráveis de financiamento. Taguatinga (6,1%) e Águas Claras (5,8%) registraram IVV acima de 5%. A pesquisa considera os negócios em todas as regiões administrativas do DF, informados pelas 30 empresas participantes do estudo, responsáveis por cerca de 85% da oferta de imóveis novos.
 
Com velocidade recorde para o mês de janeiro, o total de vendas também foi maior. Janeiro de 2019 registrou o maior número de unidades residenciais novas vendidas (211) na comparação com o mesmo mês dos anos anteriores. Este total é 69% superior a janeiro de 2018.
 
Empresas do setor imobiliário clamam por financiamento para construção
 
“Temos que comemorar o bom desempenho em vendas em janeiro, porém, chamamos a atenção da Caixa e dos bancos privados que há a necessidade de se aumentar a oferta de crédito, não só para o comprador, mas, também, para financiar a construção de novas unidades imobiliárias”, alerta Paulo Muniz, Presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (AdemI-DF).
 
Segundo ele, embora haja baixíssima oferta de residenciais novos, os empresários do setor imobiliário ainda estão inibidos em anunciar mais lançamentos. A pesquisa do IVV aponta oferta de apenas 2.889 unidades em janeiro. Este número é 18% menor do que a oferta registrada em janeiro de 2018. “A oferta de residenciais prontos pode se esgotar em apenas um ano, se não houver mais lançamentos, de acordo com a demanda”, diz Paulo Muniz.
 
“Em janeiro, houve apenas um lançamento de edifício residencial; a sociedade está demandando mais imóveis – a pesquisa do IVV comprova -, mas falta crédito para estimular a construção e, também, condições diferenciadas para o crédito imobiliário voltado aos compradores, compatíveis com a situação econômica das famílias. O dinheiro está preso nas instituições financeiras, quando deveria estar circulando para financiar a produção e a compra da casa própria para todas as faixas de renda”, defende Muniz.
 
Oferta
 
Segundo Paulo Muniz, as vendas líquidas constituem um excelente indicador, apontado pela pesquisa, capaz de motivar o sistema financeiro e o governo federal a elaborarem uma nova política de financiamento imobiliário: “as vendas líquidas de imóveis residenciais novos têm se mantido em patamares elevadíssimos, o que significa que os negócios firmados são sólidos, ou seja, são honrados”, diz o dirigente.
 
Imóveis residenciais
 
O índice de vendas líquidas é calculado ao se subtrair os distratos do número de vendas efetivadas, dividindo-se o resultado pelas vendas totais.
 
Sendo assim, em janeiro, as vendas líquidas foram de 83%, ou seja, a cada 100 unidades negociadas, 83 foram efetivamente vendidas. A venda líquida do o 4º trimestre de 2018 já havia sido elevada: 90%. Este indicador comprova que o distrato não é mais problema para o mercado imobiliário do DF.
 
“A confiança está de volta ao mercado imobiliário e com força total. As pessoas se mostram mais otimistas com o futuro e esta postura se concretiza em iniciativas como a compra de imóveis em um prazo mais longo”, avalia Paulo Muniz. Tanto é assim que há um ano (janeiro de 2018), as vendas de imóveis prontos superavam as de imóveis na planta: 68% ante 32%. Agora, os compradores voltam a comprar o imóvel, mesmo estando em fase de lançamento e/ou construção, como mostra a pesquisa IVV: desde março de 2018 as vendas na planta superam as de imóveis prontos. Em janeiro de 2019, 57,3% das vendas se relacionaram a imóveis na planta e 42,7% a imóveis prontos.
 
Outras informações
 
Os dados de janeiro revelam ainda que:
 
– quase metade das empresas pesquisadas (47%) vendeu unidades residenciais novas no mês;
 
– houve apenas um lançamento imobiliário no mês;
 
– as unidades de 2 quartos apresentaram maior IVV: 11,1%. O segundo maior IVV de janeiro foi para apartamentos de 1 quarto (7,3%).
 
A pesquisa do IVV tem o objetivo de aferir o ritmo dos negócios de imóveis novos residenciais e comerciais no DF e serve como ferramenta de gerenciamento para os empreendedores.
 
O estudo é conduzido em parceria pela Ademi-DF e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (SindusCon-DF), com apoio do Sebrae-DF. A empresa Opinião Informação Estratégica é responsável pela coleta, tabulação e análise das informações, obtidas junto às empresas que aderiram voluntariamente ao projeto.
 
Valor do m² de imóveis residenciais
 
Entre as várias informações do mercado imobiliário do DF, a pesquisa do IVV aponta a variação do preço ofertado por m² privativo (valor ponderado) dos imóveis residenciais em cada região. Em janeiro, a Asa Norte registrou o maior valor de oferta: R$ 15.205,27 (para unidades de 3 quartos); o mais baixo foi ofertado em Santa Maria: R$ 1.851,71 (para unidades de 1 quarto).
 
Microempresas e empregados envolvidos nos negócios imobiliários
 
Um dado apurado mensalmente pela Pesquisa IVV é a participação de microempresas e empresas individuais nos negócios imobiliários no DF. Essas microempresas são representadas, em boa parte, pelos corretores imobiliários. Em janeiro, por exemplo, a venda de 211 unidades residenciais novas envolveu uma média de 2,83 corretores por venda realizada. Outra informação importante da pesquisa mensal é o envolvimento do número de empregados nos mesmos negócios. Em janeiro foram apurados 4.661 trabalhadores, segundo as empresas respondentes.
 
Informações: www.ademidf.com.br

Leave a Comment

Abrir bate-papo
Precisa de ajuda?
Olá, 👋
em que podemos te ajudar?