Estruturas de concreto, revestidas com argamassa, são submetidas a calor de 800 ºC

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Patrícia Figuerêdo
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

Peças de concreto, argamassa e fogo. Estes foram os ingredientes principais de um experimento pioneiro realizado na manhã desta quinta-feira (22), no Centro Tecnológico de Combate a Incêndio, do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, em Anápolis (GO). A iniciativa, da empresa Brasil Minérios, e que teve o apoio da corporação, foi realizada com o intuito de testar a proteção passiva nas estruturas de concreto, em casos de incêndios. O Sinduscon-DF esteve presente no evento.

O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado da Brasil Minérios, Jeorge Frances, explicou que a proteção passiva foi estigmatizada como voltada apenas para o aço. Segundo ele, porém, ao analisar incêndios, percebe-se que a estrutura de concreto também precisa de um elemento a mais. “Somente o aumento da espessura do material, conforme determina a norma, pode não ser tão eficiente”, avaliou. Frances explicou que a ideia do ensaio técnico foi justamente verificar, na prática, se a argamassa é uma opção viável para esta proteção.

Durante o experimento, pedaços de concreto revestidos com argamassa, à base de vermiculita expandida, foram submetidos a um calor que, segundo marcaram os termômetros, chegou a cerca de 800 graus. “As peças foram preparadas. Tentamos simular um pedaço de viga com um pedaço de laje, de forma que o calor chegasse de forma igual nas duas estruturas”, explicou o engenheiro Ademar Hirata, responsável pelo ensaio.

Para o vice-presidente do Sinduscon-DF, José Amaro Neto, experiências como estas devem ser feitas em outros estados da Federação. Já o comandante-geral do CBMGO, Carlos Helbingen, observou que os resultados da pesquisa serão importantes também para a corporação. “Estamos investigando os incêndios que acontecem, para identificar as principais causas e aumentar as ações de prevenção”, explicou. 

Representando a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Waldir Belisário ressaltou que o Goiás está sendo pioneiro nesta experiência. “Eventos como este engrandecem a construção civil e dão segurança ao nosso usuário. Temos que estar atentos não só a construção, mas à prevenção em casos de sinistros, como é o caso de incêndios”, destacou.

O experimento contou com a presença de profissionais da área, estudantes e sociedade civil em geral. A expectativa é que a análise das peças seja feita dentro dos próximos 20 dias.

Confira a galeria de fotos aqui.
 


Estrutura de concreto após ser submetida ao fogo

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