Doria apresenta práticas inovadoras de gestão pública a empresários do Distrito Federal

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Assessoria de Imprensa da Fibra

O prefeito de São Paulo João Doria Jr. cumpriu agenda em Brasília nesta quarta-feira (28/6). Entre os compromissos, falou no Fórum Empresarial de Administração Pública. Doria discursou sobre “As melhores e inovadoras práticas na gestão pública de cidades” a um grupo selecionado de 240 empresários, além de parlamentares e representantes do governo local, durante almoço no Royal Tulip Brasília Alvorada Hotel. O encontro foi uma iniciativa fruto da parceria do Grupo de Líderes Empresarias de Brasília (Lide Brasília), com as Federações das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e do Comércio, de Bens, Serviço e Turismo do DF (Fecomercio).

Para o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, “a palestra é uma oportunidade de o setor produtivo de Brasília – aqui representado pela indústria, comércio, serviço e agricultura – conhecer uma proposta inovadora de gestão pública, mediante os diversos projetos implementados em São Paulo pelo prefeito João Doria”.

Durante a palestra, Doria fez uma retrospectiva de sua vida, desde os tempos de exílio de seu pai, João Agripino da Costa Dória. Deputado federal à época do golpe militar de 1964, Doria pai foi cassado, perdeu os direitos políticos por dez anos e deixou o Brasil com a família, ao fugir para a França. “Foi um tempo muito duro para nossa família”. “Papai perdeu tudo. O exílio não é um retiro voluntário, é um corte abrupto em sua vida. É uma violência que ocorreu com ele e mais outros tantos brasileiros que se colocaram contra o golpe de 64”.  Quando o dinheiro acabou, o pai ficou na Europa, mas a mãe, Maria Sylvia Dias, retornou com os filhos, Doria Júnior e Raul.

Doria seguiu seu discurso permeando a máxima de ter sido eleito como “gestor e não como político”.  Ele relatou que começou a trabalhar aos 13 anos de idade, justamente pela dificuldade que a mãe teve de sustentar, sozinha, os filhos por oito anos seguidos. “Assim, construí minha trajetória empresarial, que foi interrompida por apenas três anos, de 1983 a 1986, quando fui secretário de turismo do município de São Paulo, presidente da Paulistur e, posteriormente, e presidente da Embratur”. Em 1992, fundou o Grupo Doria, que é composto de seis empresas, entre elas o grupo de Líderes Empresariais (Lide), que reúne mais de 1,6 mil empreendimentos, juntos somam cerca de metade do PIB privado do Brasil.

“Não é fácil sair da zona de conforto, quando você tem família e empresa consolidada. Mas seguindo o exemplo de meu pai, querendo dar outra contribuição ao país que eu tanto amo, o Brasil, eu decidi entrar para a vida pública”. E reiterou: “Eu não sou político, eu estou na política!”

Propostas inovadoras de gestão pública

Ao entrar na parte de sua história que fala da vida pública, o prefeito de São Paulo afirmou que uma das propostas mais vigorosas colocada durante a sua campanha à Prefeitura de São Paulo foi a privatização. “A privatização ainda hoje é quase um mito. Há um terror quando se fala neste assunto. Eu não tenho medo de falar que um Estado menor é um Estado mais eficiente, menos corrupto e mais atento às necessidades reais da população”, disse.

Para ele, a privatização é uma forma de resgatar São Paulo e não de vender São Paulo. “É fazer a gestão pública mais eficiente”. Colocar o Estado apenas onde ele é estritamente necessário: saúde, educação, habitação, transporte e segurança pública”. Essas são, de acordo com Doria, as áreas em que o Estado precisa estar presente.

O debate do programa de desestatização está sendo finalizado na Câmara Municipal de São Paulo. Entre os locais oferecidos para a iniciativa privada, estão o Parque do Ibirapuera, o Anhembi, o Autódromo de Interlagos, o Mercadão, o Estádio do Pacaembu, terminais de ônibus, o sistema de cobranças do transporte público (bilhete único e aluguel de bikes), o sistema funerário e o de iluminação pública.

Doria também falou de outros programas iniciados nos últimos seis meses em São Paulo. Ele citou o programa de “reubarnização” da cidade de São Paulo, com o apoio do setor privado. “Este é um trabalho amplo de manutenção da cidade. Queremos fazer da cidade de São Paulo um local mais agradável para se viver e para se frequentar”, explicou o prefeito. Denominado “São Paulo, Cidade Linda”, o programa contempla serviços de manutenção de logradouros, conservação de galerias e pavimentos, retirada de faixas e cartazes, limpeza de monumentos, recuperação de praças e canteiros, poda de árvores, manutenção de iluminação pública, reparo de sinalização de trânsito, limpeza de pichações, troca de lixeiras, e reparo de calçadas.

O prefeito de São Paulo também tratou do projeto criado para abrir vagas de emprego para pessoas em situação de rua, também em parceira com o setor privado. “O Estado oferece abrigo, alimentação, roupa, remédios preventivos, trabalha a estabilização psicológica dessas pessoas e a empresa faz o treinamento e garante o emprego”, explicou. Em quatro meses, segundo ele, mais de mil pessoas em situação de rua já foram contratadas e estão trabalhando. O objetivo, ao longo desta gestão, é beneficiar 20 mil pessoas.

Na área da saúde, ele afirmou que existiam 478 mil pessoas esperando por exames médicos, com tempo de espera de até dois anos. Para minimizar o problema, foi lançado o “Corujão da Saúde”. A administração municipal contou com a parceria de hospitais e clínicas privadas conveniadas com a prefeitura. Essas unidades particulares atendem os pacientes encaminhados pela rede municipal nos horários em que seus equipamentos para exames estão ociosos, nos finais de tarde e durante a noite, principalmente. Fazem parte das unidades particulares conveniadas a Santa Casa de Santo Amaro, o Instituto Sírio Libanês e o Hospital Oswaldo Cruz. “Em 83 dias, zeramos o déficit da fila de exames médicos de São Paulo. Estou cedendo este programa a outros prefeitos”, comemorou.

Um dos momentos em que o prefeito foi aplaudido pelos presentes foi quando falou do programa “Empreenda Fácil”, sob a proposta de é facilitar a criação de novos empreendimentos na cidade, eliminando a burocracia, com o apoio do governo federal, Serpro, Receita Federal e Sebrae. Esta ação coordenada permitiu reduzir para até sete dias o prazo de abertura e licenciamento de empresas, que antes levava 128 dias. Agora, o processo é realizado, em sua maior parte, pela internet, sem exigência de deslocamento do empresário entre diferentes órgãos públicos. “Nosso desejo é que, em junho do ano que vem, baixemos esse prazo para dois dias, conforme ocorre nas cidades mais civilizadas do mundo”, reforçou ele.

O encontro contou com a participação do Sinduscon-DF, representado por seu presidente Luiz Carlos Botelho; e pelo vice-presidente Administrativo-Financeiro, Dionyzio Klavdianos.

(Com informações do Sinduscon-DF)

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