Mariana Alves
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF
Na manhã desta sexta-feira (6), aconteceu a palestra “Recuperação dos viadutos das tesourinhas do Plano Piloto: um transtorno necessário – O estado da arte da recuperação”, ministrada pelos engenheiros: Pedro Henrique Ferreira, da Construtora LDN; e Renato Cortopassi, da Kali Engenharia, ambas associadas ao Sinduscon-DF. A programação fez parte da 1ª reunião da Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade do ano.
As tesourinhas são um marco urbanístico para a cidade de Brasília. Presentes nos planos de Lúcio Costa, estes símbolos que dividem as superquadras do Plano Piloto, também precisam de reparos e cuidados para que possam permanecer.
O engenheiro Pedro Henrique salientou a importância de se falar sobre a durabilidade de estruturas nas obras da capital. “O aço das estruturas CA24, por exemplo, que era o aço utilizado nas décadas de 1950 e 1960, é um aço que nos surpreende até hoje, porque resistiu bastante. Se não fosse esse aço especial utilizado na época a condição dessas estruturas estariam muito piores”, explica.
Sobre o suporte do governo para a realização de obras de reparo, Pedro reforça a importância do diálogo entre o público e o privado. “É o tema mais atual que a gente tem dentro da cidade com relação a recuperação das estruturas. O governo está empenhado em fazer manutenções, da mesma forma como elas são feitas no mundo inteiro.”
Renato Cortopassi argumentou que o assunto da recuperação de obras públicas começou a ser tratado com maior critério depois da queda de parte do viaduto do Eixão Sul, em 2018.
Ele falou sobre a aplicação de produtos como a argamassa polímera estrutural, Zentrifix GM2, para exemplificar o uso de materiais de boa qualidade na recuperação dos viadutos das tesourinhas. “Nós mostramos como estão sendo utilizados produtos de última geração”, ressalta.
Para o estudante de engenharia civil, Moisés Henrique, a conversa foi rica. “Vim para a palestra para desenvolver mais o meu conhecimento sobre a área. Acredito que o investimento massivo em recuperação de patologias estruturais faria uma grande diferença para as tesourinhas e também para o país”, disse Moisés.
O professor de estruturas do UniCEUB, João Bosco Ribeiro, falou sobre a importância econômica da preservação de obras públicas. “A manutenção gera economia e evita acidentes. Nós estamos criando uma cultura da manutenção que é muito importante para que conservemos o grande investimento que existe nas obras públicas do DF.”
O presidente da Dimat, Guilherme Coelho, destacou que, para o ano de 2020, a ideia é dar prosseguimento aos debates e reuniões com temas relevantes para o setor como os da reunião inaugural.
O evento aconteceu no auditório do Sinduscon-DF e reuniu cerca de 60 pessoas, entre professores, estudantes e representantes do governo.