Lucas Junqueira
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF
Dando continuidade às ações da campanha “Construindo Laços”, o Sinduscon-DF realizou, na última sexta-feira (24), debate com profissionais dos campos urbanísticos e artísticos de Brasília sobre o passado, presente e futuro da capital, na perspectiva da construção, arquitetura e cultura.
O evento foi mediado pelo engenheiro e presidente do Sinduscon-DF, Dionyzio Klavdianos e contou com a participação do arquiteto e vice-presidente da indústria imobiliária do sindicato, João Accioly; arquiteto e conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-DF), Pedro Grilo; e dos artistas Leonardo Branco, Toninho Euzébio e Diego Felipe.
Na abertura do debate, Klavdianos provocou os participantes a discorreram sobre como o passado e presente da capital funcionam como inspiração para suas vertentes profissionais, além da integração entre o campo urbanístico e cultural. Para o presidente do Sinduscon-DF, Brasília moldou essas profissões e o trabalho realizado por elas.
O artista plástico Leonardo Branco destacou o aproveitamento do passado para a chegada do moderno como uma das características em comum que ligam as vertentes. O publicitário Toninho Euzébio acredita que Brasília está em processo de criação de sua identidade visual e que os profissionais da arquitetura, engenharia e cultura são coletivamente responsáveis por levar adiante.
Segundo os olhares dos arquitetos João Accioly e Pedro Grilo, Brasília, desde o seu planejamento até a sua inauguração, se tornou vanguardista em inovação e encaminhou avanços nas aplicações de técnicas urbanísticas e novas tecnologias. “Foi a cidade que possibilitou o salto da nossa técnica de concreto armado para um outro patamar”, exemplificou Grilo.
Toninho Euzébio destacou que a capital consegue encantar a qualquer cidadão, mesmo que não tenha o aprofundamento nas questões técnicas de sua estrutura. “Atrai ao leigo simplesmente pela beleza e, para quem tem o conhecimento, atrai pela ousadia arquitetônica”, afirmou.
Assim, foi aberto o segundo momento do bate papo, onde a temática girou em torno dos desafios a serem enfrentados pela capital. Para Euzébio, é necessário investimento no turismo cultural. “Seja com novas galerias ou eventos artísticos. É aproveitar que já se possui a beleza arquitetônica, e fazer com que a pessoa permaneça mais um dia na cidade por conta desse outro aspecto”, detalhou.
O ilustrador Diego Felipe acrescentou que o papel dos artistas é, justamente, estreitar as relações com a população e os lugares, uma espécie de porta-vozes.
Para Accioly, o grande obstáculo do futuro é a necessidade de solucionar problemas de transporte e infraestrutura que a população impõe. “Precisamos preservar a nossa história e nossas diretrizes, mas ao mesmo tempo atender às novas dinâmicas da cidade”, completou.
Em consoante com a fala sobre o novo dinamismo, Pedro Grilo entende que a falta de habitação e esvaziamento do centro da cidade é o quesito urbanístico a ser corrigido no futuro da capital. Segundo ele, é necessário um trabalho de atração de novos moradores para o Plano Piloto e que o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) abre muitas oportunidades nesse quesito.
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, que prestigiou o evento, aproveitou para anunciar, em primeira mão, que o PPCUB vai possibilitar as moradias no Setor Comercial Sul. ‘’De imediato, propomos essa possibilidade, mas já prevendo estudos para estender as moradias para os demais setores centrais, como os bancários sul e norte”, confirmou.
O presidente do Codese-DF, Paulo Muniz, e o presidente da Associação das Empresas de Arquitetura e Urbanismo de Brasilia (AEarq), Tony Malheiros, prestigiaram o evento.
Confira a transmissão na íntegra: https://bit.ly/2Sc6nSF