Construção civil repudia aumento para servidores públicos

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Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF e da Asbraco

As duas entidades representativas da construção civil do Distrito Federal, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF) e a Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), repudiam veemente o aumento de 21,5% para os servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, para a Procuradoria Geral da República e para militares, aprovado pela Câmara dos Deputados, na madrugada desta quinta-feira (2).

Diante do atual cenário de grave crise em que o Brasil se encontra, o setor recebe o anúncio do aumento das despesas públicas com indignação. Para a construção civil, é inconcebível que o país, na presente situação, alargue os gastos públicos, quando deveria concentrar esforços em investimentos geradores de emprego e renda, como fazem países desenvolvidos em momentos de dificuldade financeira.

Para o presidente do Sinduscon-DF, Luiz Carlos Botelho, o reajuste é uma medida egoísta e traz retrocesso às perspectivas de enfrentamento da crise econômica: "O aumento dos servidores públicos, na atual conjuntura, significa um represamento total do tempo de possibilidade de recuperação dos ciclos econômicos no país. É uma crueldade atender a tal reivindicação, já que eles estão empregados e recebendo salários, enquanto temos quase 12 milhões de salários zero, que são os desempregados", lamentou. 

Segundo Botelho, o momento é de retomada da economia: "Deveríamos buscar a evolução econômica. Os servidores públicos podem aguardar um determinado tempo, para que o PIB cresça e as condições atuais de desemprego melhorem. Conceder esse reajuste agora é adiar o tempo de reconstrução dos empregos", esclareceu.

Números 

A estimativa mínima de gastos com o reajuste, pelos próximos quatro anos, é de R$50 bilhões. De acordo com estudos, cada R$1 milhão investido em obras públicas gera, pelo menos, 45 empregos diretos e 180 indiretos. No total, esses mesmos R$50 bilhões, se investidos em obras públicas, gerariam 5,5 milhões de empregos diretos e indiretos: "Se investíssemos esse valor em obras públicas, metade dos mais de 11 milhões de desempregados do país teriam novamente um posto de trabalho e, certamente, traríamos a movimentação econômica necessária para deixarmos a crise para trás", afirmou o presidente da Asbraco, Afonso Assad.

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