Construção civil impulsiona geração de empregos no Distrito Federal – Correio Braziliense

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Deborah Novais
Bruna Lima
Correio Braziliense

De julho a agosto, 14 mil pessoas ingressaram ao mercado de trabalho no Distrito Federal. A construção civil foi o setor que mais cresceu na região, com aumento de 3,5% na quantidade de empregados

Pelo quinto mês consecutivo, o número de desempregados diminuiu no Distrito Federal. Segundo dados apresentados ontem pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), a taxa de desemprego apresentou queda de dois pontos percentuais entre março e agosto deste ano. De julho até o mês passado, 14 mil pessoas ingressaram ao mercado de trabalho. No entanto, no período de um ano, houve um acréscimo de 1,3 ponto percentual na taxa de desocupação.

O setor econômico que mais cresceu foi o da construção civil, que apresentou aumento de 3,5% na quantidade de empregados. Para o presidente interino do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), João Carlos Pimenta, o resultado tem relação direta com a retomada do crescimento da economia brasileira. “A construção civil é o setor que responde mais rápido nessas situações. E a melhora é tanto nas obras públicas quanto privadas”, explicou.

Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi), Paulo Muniz, o principal fator que gerou o aumento na construção civil foi a maior disponibilização de recursos financeiros por parte do governo. “O crescimento ainda é tímido, mas qualquer tipo de investimento na construção civil gera muitos empregos. Estamos confiantes de que o cenário vai melhorar ainda mais depois da aprovação da Reforma da Previdência, já que deve liberar mais recursos para pagar as faturas atrasadas”, afirmou.
 

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Na administração pública, o acréscimo foi de 3,3%. No comércio, houve um aumento de 6 mil pessoas.  Já nos serviços e na indústria de transformação, o número reduziu em 0,3% e 2%, respectivamente. O balanço da Codeplan ainda aponta que a quantidade de autônomos diminuiu em 3,5%, e o número de carteiras assinadas teve um crescimento de 2,2%. Já o total de trabalhadores sem carteira reduziu em 3 mil.

Apesar do avanço nos últimos cinco meses, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) aponta que ainda são 306 mil habitantes desempregados na capital federal.

Também de julho a agosto, cerca de 10 mil habitantes deixaram de fazer parte da população economicamente ativa do DF.  “O número de chefes de família aumentou significativamente. Com isso, a renda sobe e a necessidade de outros membros buscarem emprego diminui”, explica Lucio Rennó, presidente da Codeplan.

Pesquisa

A PED é produzida com base em consultas domiciliares feitas mensalmente. Os pesquisadores frequentam residências e pedem o preenchimento de questionários relativos à situação ocupacional dos membros. A amostra conta com 7.548 domicílios por trimestre, sendo 2.516 a cada mês. Com base na análise dos dados, é feita uma média móvel. O trabalho é feito em parceria pela Codeplan, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Secretaria do Trabalho (Setrab/DF) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade/SP).

 

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