Construção Civil do DF já demitiu quase dez mil trabalhadores em 2015

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Setor está entre os que mais demitiram nos últimos três meses

 

Kamila Marques 

Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

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A crise enfrentada pelo Brasil vem provocando um grande número de demissões na Construção Civil do DF. A recessão econômica do país, a lentidão na aprovação de novos projetos e o atraso nos pagamentos das obras contratadas do Programa Minha Casa Minha Vida, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do GDF estão entre os principais fatores.
 
Com a dificuldade que o setor vem enfrentando, as construtoras estão sendo obrigadas a diminuir o quadro de funcionários. Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB), de janeiro a março de 2015, quase 10 mil trabalhadores foram demitidos na Construção Civil, somente no Distrito Federal. No ano de 2014, foram 45 mil homologações.
 
Para Edgard Viana, presidente do Sindicato dos Trabalhadores, o setor está passando por uma crise muito grande. “O número demissões têm aumentado e a tendência é que esse número cresça ainda mais, porque não temos obras na cidade”, explicou. 
 
A burocracia também é um fator agravante na capital federal e vem travando a cadeia do setor. Atualmente, só em Taguatinga, cerca de 10 mil unidades comerciais e residenciais, prontas para serem entregues, estão sem a Carta de Habite-se. “Isso sem contar com as milhares de unidades em todo o Distrito Federal que se encontram na mesma situação. Com isso, as construtoras, paralisadas por conta do processo burocrático e insegurança jurídica, não viabilizam novos empreendimentos. Consequentemente, as empresas não têm onde realocar esses funcionários, resultando em demissão”, alerta o presidente do Sinduscon-DF, Luiz Carlos Botelho.
 
Normalmente, o setor da construção tem uma elevada rotatividade, mas o que chama a atenção é o número entre admissões e demissões, se comparado ao ano passado. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as demissões em fevereiro, por exemplo, superaram as contratações em 25,8 mil na Construção Civil. Em 2014, o dado, sem ajuste, foi de 25 mil positivos para o mesmo mês.
 

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