Agência CBIC
Em nota no Painel S.A. da Folha de S.Paulo desta terça-feira (08/06), o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, aponta o desespero do setor da construção com a nova alta dos custos da construção civil em maio.
Dados do Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), divulgados nesta terça (8) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam um crescimento superior a 15%, no acumulado dos últimos 12 meses, o maior para o período desde novembro de 2003.
Segundo Martins, os preços internacionais dos insumos, como aço e cobre, estão acima do normal, e o Brasil tem travas que dificultam a importação, com altos tributos e barreiras técnicas. “Fica difícil até de saber se esses preços praticados são verdadeiros ou não”, diz.
Apesar da aceleração da construção civil no ano passado, a alta no preço pode causar redução das atividades, com queda de lançamentos e ofertas de imóveis, além de comprometer contratos já firmados, diz Martins.
Veja a íntegra da nota do Painel S.A.
Aumento no custo da construção não dá trégua
Em maio/2021, o INCC aumentou 2,22%. De janeiro a maio de 2021, o índice acumulou 7,41%, a maior alta para o período desde 2003. De junho/2020 a maio/2021 o incremento registrado foi de 15,26%.
O custo com a mão de obra apresentou alta de 1,92% no mês de referência, em função de aumentos observados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador.
Já o custo com materiais, pelo 11º mês consecutivo, apresentou alta expressiva de 2,81%. Nos primeiros cinco meses deste ano o aumento foi de 14,09%%, o maior para o período desde o início da divulgação da sua série histórica (1996).
“Em 12 meses, o aumento é de inacreditáveis 32,81%, ou seja, mais um recorde para o incremento nos custos com insumos do setor na avaliação em 12 meses”, ressalta a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos.