ConstruBusiness apresenta estudo sobre obras paralisadas

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Agência CBIC

 

O tema central do 13º ConstruBusiness – Congresso Brasileiro da Construção, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) tratou sobre obras paralisadas. O evento, que aconteceu nesta segunda-feira (2), em São Paulo, contou com a presença do vice-presidente da República do Brasil, general Hamilton Mourão. O presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da indústria da Construção (CBIC) e da Associação para o Progresso de Empresas de Obras de Infraestrutura (Apeop), Carlos Eduardo Lima Jorge, participou do evento como moderador do painel ‘Infraestrutura Urbana e Desenvolvimento Humano’.

 

“Tive oportunidade de colocar todos os trabalhos que o setor vem desenvolvendo, com destaque para a pesquisa CBIC que foi lançada em abril deste ano, para equacionar o maior número possível de contratos paralisados”, ressaltou Lima Jorge.

 

Conheça a pesquisa lançada este ano pela CBIC, envolvendo a análise de 4.700 obras paralisadas.

 

Na abertura oficial do evento, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, comprometeu-se a formar uma força-tarefa para tratar do tema, de acordo com Lima Jorge. “A ideia é unir o executivo, legislativo, judiciário e iniciativa privada para o enfrentamento efetivo e busca de soluções para esse conjunto de obras paralisadas existente no país, o que foi comemorado por todos os presentes”, explicou.

 

Participaram do painel moderado por Lima Jorge:

 

Wesley Callegari Cardia, secretário de Fomento e Apoio a Parcerias de Entes Federativos da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos (PPI);

 

Celso Matsuda, secretário nacional de Habitação;

 

Luciano Pires da Silva, gerente nacional da vice-presidência de Soluções e Operações de Governo da Caixa Econômica Federal

 

Paulo Duailibi, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP).

 

A partir do pronunciamento do representante do PPI, Wesley Cardia, que deu exemplos de estudos que vêm desenvolvendo para creches, unidades de saúde e presídios, o presidente da Coinfra enfatizou que “esses projetos poderão ser assumidos por consórcios de médias empresas”.

 

Lima Jorge ressaltou também a oportunidade que se apresenta para correção de erros que levaram a tantas paralisações de obras. “A valorização do menor preço nas contratações, em detrimento do melhor preço, por exemplo, são questões que precisam ser consertadas”, frisou.

 

Estudo sobre obras paradas

 

O setor da construção é um dos principais motores para dar impulso à retomada do crescimento da economia. A participação dessa cadeia no Produto Interno Bruto (PIB) que chegou a 12% entre 2012 e 2014, passou para 7,9% em 2018, em razão da crise e da paralisação de diversas obras por todo o país. O estudo Obras Paradas: desperdício de recursos e futuro, indica que para voltar ao patamar anterior e, assim, atender as demandas sociais e de expansão econômica sustentada do país, devem ser investidos R$ 981 bilhões por ano até 2030.

 

O 13º ConstruBusiness propõe, ainda, a reformulação dos planos nacionais de habitação, saneamento e mobilidade, adequando marcos regulatórios, com o objetivo de ampliar os investimentos em desenvolvimento urbano; a regularização fundiária do estoque atual de imóveis; e o fomento ao uso de ferramentas de gestão e planejamento, como a Modelagem de Informação da Construção (BIM) e sistemas informatizados de licenciamento de obras.

 

Confira a íntegra do estudo produzido pela Fiesp.

 

Os temas  tratados no encontro têm interface com o projeto ‘Melhoria da Competitividade e Ampliação de Mercado na Infraestrutura’ da CBIC com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

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