Conselho de Administração da Cbic realiza última reunião do ano

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Agência Cbic

Ao longo desta terça-feira (12), aconteceu em Brasília a reunião do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). “A ideia do encontro é entrar na discussão da sustentabilidade financeira das entidades. Discutiremos como vamos nos comportar no ano que vem, que é de eleição, e repensar nossas entidades, em uma postura a respeito de associação, financiamento e, inclusive, sobre o aspecto político”, explicou José Carlos Martins, presidente da Cbic.

Em relação às ações executadas recentemente pela Cbic, foram destacados o seminário “Reforma Trabalhista e os Impactos no Setor Imobiliário” no Tribunal Superior do Trabalho, realizado no final de novembro; e a reunião com o presidente da República, Michel Temer, no último dia 6 de dezembro, onde foram apresentadas as demandas da cadeia produtiva. “Esse é o fato marcante e muito importante que aconteceu. Foi estratégico no sentido de reposicionar o setor no momento em que estamos. Nosso espaço tem que crescer dentro da economia. Não dá mais para sermos relegados a segundo plano. Devemos nos posicionar de tal maneira que, ou olham para a gente e fazem alguma coisa para que o setor cresça, ou a economia vai parar. Não é possível que um setor como o nosso ande 6% negativos”, comentou José Carlos Martins, fazendo referência ao recente dado da Cbic sobre a retração da indústria em 2017. “Temos que ir para fora e mostrar a importância que o nosso setor tem, principalmente no aspecto social. Não se desenvolve socialmente um país como o nosso, se nós não tivermos uma construção civil forte”, completou o dirigente, antes de detalhar a pauta levada a Temer e seus desdobramentos.

O Ministério das Cidades, representado pelo secretário executivo Marco Aurelio de Queiroz Campos, esteve presente no encontro para tratar de assuntos que trazem apreensão para a indústria da construção e mostrar as conquistas dos últimos meses. “Foi um ano de consolidação das melhorias das políticas de gestão do ministério, em que conseguimos retomar o processo de seleção do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) com critérios que permitiram pulverizar os investimentos em todo o Brasil e atender uma quantidade imensa de construtoras e municípios; além de qualificar os investimentos e sinalizar ao mercado qual é a característica de investimento que se deseja em relação à otimização de recursos públicos”, destacou o secretário.

Marco Aurelio ressaltou o importante papel da Cbic, como representante de classe, ao “mostrar que se quer um avanço na regularidade e na segurança jurídica, e melhoria dos processos de relação com os entes públicos para que haja transparência e fluidez”. Ele apontou também que o ministério acredita no modelo de concessões, já que, na maioria dos municípios, não é possível depender exclusivamente de orçamento da União ou de emendas parlamentares. No entanto, é preciso que as empresas estejam preparadas para ter acesso aos recursos disponíveis nos programas lançados pelo Ministério. “Aqueles projetos que tiverem maior eficiência na contratualização da performance vão acessar os recursos. Cabe aos senhores ficarem atentos, criarem as condições para seus associados terem esse apoio e trabalharem para que esses contratos sejam mais rapidamente efetivados”, sinalizou.

Ainda na reunião, os presidentes das comissões técnicas da Cbic apresentaram um balanço da atuação no último ano e as perspectivas para o próximo; bem como foi apreciada e aprovada a Proposta Orçamentária para 2018.

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