Conheça casos de sucesso com a utilização do Building Information Modeling (BIM)

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Patrícia Figuerêdo
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

Estrela Arquitetura e Sinco Engenharia contam suas experiências durante evento em Brasília

O Workshop Implementação do BIM, em Brasília, contou com a apresentação de dois casos de sucesso na área. Pela primeira vez, na tarde desta terça-feira (26), o roadshow trouxe uma empresa representante dos projetistas, Estrela Arquitetura; e uma das construtoras, Sinco Engenharia. “Estes exemplos são fundamentais para mostrar o caminho, ajudando e incentivando as pessoas na implantação do sistema”, defendeu o presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat/Cbic), Dionyzio Klavdianos.

A primeira experiência bem-sucedida foi apresentada por representantes da Estrela Arquitetura. Segundo o coordenador de projetos, Luis Carlos Rodrigues, a empresa começou a implantação da ferramenta BIM há cerca de quatro anos. “A Estrela elabora projetos de Arquitetura, priorizando consultoria e planejamento de casas”, contou. Ele ressaltou que o foco está na prestação de serviços técnicos no âmbito da Arquitetura e construção civil. “Atendemos, de forma ampla, aos projetos em suas diversas fases”, explicou.


Luis Carlos Rodrigues apresenta projetos da Estrela Arquitetura

Com a palavra, o arquiteto Thiago Sales, também representante da Estrela, explicou o motivo que os levou a adotarem o BIM. “Trabalhávamos com a plataforma 2D e nos sentimos compelidos pela dificuldade de mercado e inovações normativas”, disse. Segundo ele, a empresa viveu uma série de dificuldades e achou conveniente adotar um programa BIM, principalmente por conta das normas, que passaram a exigir do profissional uma habilidade maior de coordenação das problemáticas de projeto. “Testamos vários modelos ao longo de um ano”, ressaltou. O escritório adotou o software Archicad, da Graphisoft.

Entre os pontos positivos da ferramenta, Sales destaca a assertividade. Segundo ele, com o BIM, as problemáticas encontradas na entrega de projetos, como incompatibilidades de desenho técnico e dificuldades construtivas, já são resolvidas no início. “No estudo preliminar, oferecemos ao cliente um material mais completo, que não conseguiríamos com a plataforma 2D”, afirmou. Luis Carlos ainda apresentou dois projetos: um que começou em 2D e terminou em BIM; e outro realizado 100% com a metodologia.

Sinco Engenharia é premiada no Master Imobiliário

Outro caso de sucesso apresentado durante o workshop em Brasília foi o da Sinco Engenharia. A apresentação ficou por conta da gerente Departamento BIM, Priscila Castro, que trouxe, de forma didática, a experiência da empresa com a adoção da metodologia BIM. Segundo ela, a Sinco fez esta implantação em 2011. Desde então, todos os empreendimentos são modelados e planejados por meio do BIM.

A empresa, inclusive, garantiu o prêmio Master Imobiliário deste ano, na categoria Boas Práticas na Aplicação de Recursos Tecnológicos, com o case Building Information Modeling (BIM) – Antevendo problemas e suas interferências nas construções. A Sinco Engenharia fez um shopping com a contratação de todos os projetistas no modelo BIM.

Entre os diversos usos do BIM na empresa, Priscila destacou alguns itens que são levados em consideração, como, por exemplo, o estudo da vizinhança. “Meu balancim estará do lado de fora, atrapalhando o prédio ao lado? A gente mostra para o cliente onde estamos trabalhando”, destacou. Plano de ataque de estruturas, incompatibilidades, interferência dos equipamentos e canteiros de obras são alguns outros pontos considerados.

Priscila explicou que o BIM auxilia a mostrar cada etapa aos envolvidos. E a Sinco faz os estudos de todo item da obra. “No momento em que faço o projeto completo, tenho o arquivo de cada item independente, pois contrato atividades independentes”, disse. Priscila acrescentou que, quando vai contratar uma fachada, é necessário saber quanto será gasto. Sendo assim, é salvo um modelo específico para cada área. “O objetivo do modelo é a questão de suprimentos. É onde eu vou conseguir reduzir custos e fazer uma boa contratação”, afirmou.

Segundo ela, o planejamento é fundamental para dar o norte e executar aquilo que foi definido. “Escolha o objetivo que você quer atingir e vá atrás dele”, disse. O que muda com o BIM é que as obras são mais controladas e as informações estão claras para todos os envolvidos. “O cliente pode acompanhar a previsão e como está sendo seguida”, reforçou. Priscila ainda disse que, agora, além de um melhor planejamento, há cobrança do que foi planejado. “Estamos em alerta. Trazemos a obra para frente. Em alguns casos, até antecipamos”, contou.

Para Priscila, “pensou em construção virtual, está pensando em BIM”. Ela destacou que o BIM é feito por pessoas. “As máquinas colocam para rodar, mas a informação é gerada pelos profissionais. Não importa a ferramenta, mas, sim, as pessoas”, defendeu.

Cerca de 100 pessoas participaram do encontro, entre associados, engenheiros, arquitetos, projetistas e estudantes. O presidente da Cbic, José Carlos Martins, também prestigiou a sétima edição do Workshop Implementação do BIM.

Promovido pela Cbic, e pelo Senai Nacional, com realização do Sinduscon-DF, o workshop de Brasília contou com o apoio da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-DF), Clube de Engenharia de Brasília (Cenb), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-DF), Sindicato dos Engenheiros (Senge-DF), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF) e Federação das Indústrias do DF (Fibra).

Clique aqui e acesse as fotos do evento.

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Thiago Sales conta como sua empresa chegou à adoção do BIM

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