Assessoria de Comunicação da CBIC
O lançamento da plataforma digital da Construção 2030 foi o destaque do painel ‘O Futuro da Construção: Inovação e Trabalho’, no primeiro dia de debates do 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (91º ENIC), nesta quinta-feira (16). O projeto foi apresentado ao público pelo supervisor técnico Fabio Queda Bueno da Silva, também professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que convidou os presentes a participarem da proposta de planejar os futuros do setor de construção civil e também da sociedade brasileira. A plataforma está hospedada no endereço www.cbic.org.br/construcao2030.
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O professor partiu de uma definição do Foresight (glossário que reúne termos relativos aos estudos sobre o futuro) para explicar o principal objetivo do projeto Construção 2030: “futuros indicam a presença de alternativas que podem acontecer e a necessidade de considerá-las”.
“Falar sobre o futuro é muito difícil. Por isso, falamos sobre ‘futuros’. O Brasil não está acostumado a pensar futuros além do próximo ano do calendário ou do próximo ano fiscal. Mas os sinais estão todos aí”, afirmou.
E eles são muitos: os táxis-drones que estão sendo testados em Dubai; as casas que se mexem de acordo com as condições climáticas, cujo projeto-piloto está montado na Califórnia; e até uma iniciativa brasileira, parceria da Apis Core com a Gerdau, para a impressão em 3D de peças de aço usadas na construção civil.
“O Construção 2030 foi desenvolvido para ajudar nossa compreensão das transformações que o presente está causando no futuro”, observou Fábio Queda, destacando que a plataforma foi planejada para se tornar, aos poucos, uma rede social.
O Construção 2030 faz parte dos projetos desenvolvidos pela CBIC com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
A nova plataforma digital combina as transformações nas necessidades e nas demandas das pessoas com as soluções apresentadas para essas questões. Este casamento deixa claro que os sinais de tecnologias inovadoras hoje apontam para uma visão da tecnologia no futuro. Um exemplo: se os indivíduos estão vivendo mais, há mais pessoas morando sozinhas; e os filhos deixam cada vez mais tarde a casa dos pais, o que deixa evidente que a forma de morar das próximas gerações será diferente.
“Provavelmente, teremos espaços colaborativos sustentáveis, lugares que podem ser do tamanho de uma cidade inteira, de um bairro ou de um conjunto de apartamentos, no qual vivem pessoas que compartilham ideias e pensamentos”, antecipou o especialista.
Esta caminhada para o que ele chama de Construção 5.0 já está em curso. Há tecnologia disponível, por exemplo, para se pensar em um modelo batizado de “loja de casa” – espécie de concessionária para imóveis onde será possível comprar uma residência inteira e instalar em qualquer lugar. Técnicas de construção modular e de automação e robótica tornam cada vez mais concreta essas possibilidades. “A plataforma é apenas o começo. Precisamos olhar todos juntos e construir o futuro a partir de agora”, disse ele.
O painel ‘O Futuro da Construção: Inovação e Trabalho’ foi realizado conjuntamente pelas comissões de Política de Relações Trabalhistas (CPRT), de Responsabilidade Social (CRS) e de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat), dentro da programação do 91º ENIC.
Promovido pela CBIC, o 91º ENIC é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e conta com a correalização da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-Rio) e do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio).