Cbic acredita que as demissões no setor da construção são um reflexo da redução de investimentos

 

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) continua bastante preocupada com o número de demissões no setor, que registra saldos negativos desde o início do ano. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/MTE), divulgado hoje, 23 de abril, as demissões no mês de março superaram as contratações em 18,2 mil, fazendo com que o setor apresente a maior queda absoluta entre os setores econômicos pesquisados e a segunda maior queda relativa, perdendo apenas para o setor extrativo mineral.

 

No ano, o setor da construção já registra perdas de 50.974 mil vagas. Como comparação e demonstrando a gravidade do problema, vale dizer que em 2011 o saldo foi positivo e registrou 235.922 mil novas vagas. Em 2012, foram 156.875 mil novas vagas. Já em 2013, o saldo positivo foi de 104.527 mil vagas. Nos últimos 12 meses, o setor já acumula perda de 241.570 mil vagas.

 

Para o presidente da Cbic, José Carlos Martins, as demissões ainda são reflexo da redução de investimentos, devido à queda de confiança do empresariado. “Por isso é fundamental que se busque ações para retomar a confiança do empresário. Uma das medidas imediatas, na nossa opinião, seria a regularização dos pagamentos em atrasos por parte do Governo Federal. Além disso, o lançamento da fase 3 do Programa Minha Casa Minha Vida e também de PPPs e concessões em infraestrutura. Dessa forma, é possível planejar o futuro das empresas e com isso voltar a investir em novos projetos. Do contrário, a falta de investimentos hoje, vai piorar o cenário futuro da economia do País”.