Bancos viram entrave para que financiamento da casa própria deslanche

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Assessoria de Comunicação da Cbic

O Blog do Vicente do último dia 21 de fevereiro, no jornal Correio Braziliense, destaca que, apesar do anúncio do governo federal de uma série de medidas para incrementar a construção civil, de pouco adiantará se o pacote não vier acompanhado de uma forte queda nas taxas de juros. Ele ressalta que, além de os financiamentos estarem caros, os bancos têm restringido o acesso ao crédito. Preferem ficar com os recursos aplicados em títulos públicos, que rendem pelo menos 13% ao ano, sem nenhum esforço, do que financiar a casa própria.

O Blog destaca a avaliação do presidente da Cbic, José Carlos Martins, de que chegou a hora de o Banco Central dar sua contribuição para que o setor saia do atoleiro. “Assim como o Ministério da Fazenda tomou uma série de ações para facilitar os negócios no mercado de imóveis, o BC precisa reduzir os juros rapidamente para forçar os bancos a liberarem crédito à produção”, diz.

A coluna destaca ainda que, segundo Martins, os bancos vêm impondo condições pesadas às construtoras para liberar empréstimos. “As linhas de crédito, que eram renovadas automaticamente nas datas de vencimento, estão sendo cortadas em muitos casos. Quando algum dinheiro é liberado, as taxas de juros são muito maiores do que nas operações anteriores. Passam de 9% para 19% ao ano”, diz.

Não é só. As exigências de garantias ficaram maiores, pois as instituições subavaliam os imóveis, e os prazos de carência para o início dos pagamentos diminuíram. “Os bancos estão em uma situação muito confortável. Se aproveitam dos juros altos dos títulos públicos para engordar os lucros. Enquanto isso, o setor produtivo, que movimenta a economia, cria empregos, sofre com as restrições ao crédito”, frisa Martins.

Essa insensibilidade do sistema bancário, destaca ele, pode enterrar todas as chances de a construção civil se recuperar nos próximos meses. “Mantido o quadro atual, quando chegarmos à tão esperada taxa de juros de um dígito, muitas empresas estarão mortas”, enfatiza.

Clique aqui para acessar a íntegra da coluna. 

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