As mulheres na construção civil do DF

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Assessoria de Comunicação do Seconci-DF

 

O Serviço Social da Indústria da Construção Civil do DF (Seconci-DF) realizou um levantamento para saber como está a atuação feminina nos canteiros da Capital. Os números foram obtidos por meio das empresas que são contribuintes à entidade. No total, foram ouvidas 13 empresas, somando um total de 1.215 trabalhadores. Desse total, apenas 102 eram mulheres. Isso significa que, levando em consideração estes dados, as mulheres representam apenas 8,4% do setor.

 

Quem está nos canteiros ressalta que ainda há muito o que fazer e, apesar dos avanços, existe um caminho de conquistas pela frente. Irisleine Lopes, 34 anos, trabalha como rejuntadeira numa obra no Setor Noroeste e não consegue se ver longe da construção civil. “Eu comecei a trabalhar em 2010. No início foi bem difícil, mas hoje não me vejo em outro lugar. Ainda tem o preconceito, mas sabemos nos impor e somos respeitadas”, conta ela.

 

Outra operária que construiu sua história dentro de um canteiro foi Sula Miranda, 32 anos. A rejuntadeira se orgulha de dizer que, graças a construção civil, hoje tem sua casa própria e, mais do que isso, na construção civil, encontrou o amor da sua vida. “Foi um caso de ódio à primeira vista. Com o passar do tempo, fomos nos conhecendo e hoje estamos muito felizes juntos”, disse Sula.

 

DE ATENDENTE DE LANCHONETE A ENGENHEIRA CIVIL

 

Stefani é engenheira de segurança do trabalho e cuida de mais de 600 funcionários

 

Stefani Cardoso trabalha atualmente como engenharia de segurança do trabalho da Emplavi. Ela é responsável por mais de 600 funcionários, além de coordenar a equipe de segurança da empresa. Mais do que uma excelente profissional, ela mostra que é possível correr atrás dos seus ideais e, mais do que isso, servir de exemplo para outras mulheres. “Apareceu um curso de técnico de segurança do trabalho quando eu estava na lanchonete e, com a ajuda da empresa onde eu trabalhava, consegui uma bolsa. Já no primeiro semestre, comecei a estagiar. Dei preferência para a construção civil e nunca mais saí”, explica ela.

 

Depois do estágio, ela foi aprovada numa faculdade de engenharia civil, além de ter se especializado na área de segurança do trabalho. Questionada sobre a responsabilidade do cargo que ocupa e da relação com os demais trabalhadores, Stefani é enfática. “Tenho uma boa relação com os trabalhadores. Sempre fui muito bem tratada e respeitada por todos”, finaliza.

 

Além deste levantamento, outro estudo feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) mostra que, em 2017, a presença feminina na construção civil do DF era de cerca de 13% num universo aproximado de 45 mil trabalhadores.

 

O Seconci-DF parabeniza todas as mulheres pelo seu dia, em especial as que atuam na construção civil. Para conhecer mais sobre nossa entidade, acesse www.seconci-df.org.br ou ligue (61) 3399-1888.

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