Assessoria de Imprensa da Almeida França
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Há pouco mais de dois meses a Almeida França Engenharia, construtora responsável por importantes obras em Brasília, mudou seus hábitos e passou a contratar caminhões para transportar resíduos de construção produzidos nas obras. Esta medida foi tomada por preocupação da construtora quanto a preservação ambiental e sustentabilidade. Todo o material que sobra das obras da AFEL estão sendo levados para a Unidade de Recebimento de Entulhos, antigo lixão da Estrutural, que agora recebe exclusivamente material de construção.
Ter uma destinação certa estimulou também a diminuição de entulhos gerados na AFEL. “Foi preciso conscientizar os operários da construção para que fizessem a separação destes resíduos, desde gesso até cimentícios como massa, bloco, amianto, metais. Depois que passamos a fazer esta seleção conseguimos observar com mais detalhes o que está sendo desperdiçado e implementar ações para diminuir esta perda”, explicou o engenheiro Elius Bieber.
Durante a fundação de uma obra, por exemplo, a Almeida França chega a descartar 210 toneladas de resíduos de construção por mês. Em fase de estrutura sobra madeira, alvenaria sobra cimentícios, durante o revestimento sobram pedaços de tubos, calhas, dutos, embalagens. “Essa quantidade é pequena, já que há anos tomamos diversos cuidados para diminuir o desperdício que não é bom pro meio ambiente e nem para o nosso bolso. Somos preocupados porque a construção civil não costumava olhar para o desperdício. Para construir um prédio chegava-se a descartar 30% de material. Imagina o impacto que isso tem no planeta”, diz Elius Bieber.
“Espero que essa resolução funcione com força e que o mercado das empresas de reciclagem também aproveite essa nova resolução. As construtoras serão obrigadas a minimizar o desperdício, e o que é jogado fora será comprado ou tratado”, conclui o engenheiro.
A Almeida França utiliza recursos para economia dos materiais como o Building Information Modeling (BIM), uma tecnologia que consiste em otimizar o trabalho de uma construtora. As projeções 3D fornecem de forma precisa e realista os processos de uma obra, o tempo necessário para cada etapa e a quantidade de material necessário a fim de evitar gastos excessivos. Além disso, a AFEL possui um planejamento detalhado de reaproveitamento de componentes construtivos e materiais já existentes na própria Sede da Almeida França Engenharia.
Desde outubro de 2017 a AFEL iniciou o período de performance da certificação sustentável LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), um selo internacional que exige a correta gestão destes resíduos, além de outras ações relacionadas ao consumo de água, qualidade ambiental interna, modais de transporte alternativo e consumo de energia. A construtora fez as adequações necessárias e deverá receber o certificado ainda este ano.
Demais resíduos
A Almeida França Engenharia se preocupa com o lixo que é produzido tanto nos canteiros de obra, como nos escritórios da construtora, uma vez que o descarte destes resíduos pode ter um grande impacto no meio ambiente.
Diariamente são gerados três tipos de lixo: o resíduo indiferenciado, que é lixo doméstico produzido pelos funcionários no escritório da construtora, ou seja, restos de comida, guardanapos e produtos de higiene íntima. O resíduo reciclável e o RCD – resíduo de construção e demolição.
Resíduo indiferenciado
O lixo produzido na AFEL é semelhante ao lixo de uma residência. Os 22 funcionários do escritório da AFEL produziram 756 Kg de resíduo indiferenciado, ou seja, que não pode ser reciclado. Porém, esta quantia dilui-se em 142 dias úteis, gerando uma média histórica menor que 20 litros/dia em resíduos indiferenciados. Um indicador muito acima da média global.
Segundo a Lei Distrital 5.610/2016, empreendimentos não-residenciais com volume maior que 120 litros/dia são considerados Grande Geradores de Resíduos Sólidos, felizmente deixando a AFEL de fora desta classificação.
O resíduo indiferenciado representa 68,4% do total de lixo produzido diariamente no escritório da AFEL.
Resíduo reciclável
No escritório, 31,6% são resíduos recicláveis. Entre 13 de outubro de 2017 e 30 de abril de 2018 foram doados 238 Kg para duas cooperativas do Distrito Federal.
Os materiais recicláveis são compostos por 65% de Papéis + 26% de Plásticos + 7% de Metais + 3% de Vidros. Além disso, foram coletados 200 litros de resíduos perigosos (pilhas, baterias, lâmpadas, estopas contaminadas, EPIs contaminados, toners e cartuchos de impressão, lâmpadas fluorescentes compactas e tubulares). Todos esses itens são entregues periodicamente à Globo Ambiental, que possui contrato com a AFEL para tratamento desses resíduos.