Patrícia Figuerêdo
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF
Como você quer Brasília daqui a 20 anos? Foi com este questionamento que o projeto “O Futuro da Minha Cidade” teve seu lançamento na capital federal, na noite desta quinta-feira (17). O evento visou identificar e definir parceiros potenciais para o desenvolvimento do programa na região, bem como sensibilizar lideranças locais, mostrando que é necessária uma parceria entre a sociedade e o governo local, em busca da qualidade de vida da população.
O presidente do Sinduscon-DF, Luiz Carlos Botelho Ferreira, ressaltou a importância do evento. “O planejamento da cidade não se faz sem uma concepção de futuro, de ações de longo prazo. A condição não decorre de espontaneidade, mas de trabalho”, afirmou. Para ele, torna-se necessária a união dos diversos setores da sociedade. “Haverá crescimento e desenvolvimento, se cada um dos segmentos avaliarem como estamos e onde queremos chegar”, ressaltou.
“O Futuro da Minha Cidade”, que já passou por 15 cidades, foi explicado pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins. “É um modelo ganha-ganha. Quando todos participam, há um bom futuro para todos”, afirmou. Segundo ele, a ideia é influir e conduzir o crescimento da cidade dentro de um planejamento, que foi perdido pelo Brasil. Na visão de Martins, os planos só têm eficácia se tiverem a certificação por parte de seu cidadão. “Temos que devolver Brasília aos brasilienses. Apesar de estar carregando uma imagem errada, é uma cidade maravilhosa. Temos que resgatar isso!”, defendeu.
“Se você não sabe para onde está indo, dificilmente chegará. Aonde a cidade quer chegar?”, questionou o ex-prefeito de Maringá (PR) Silvio Barros, um dos palestrantes do dia. Como pano de fundo de sua ministração, ele apresentou a experiência exitosa de sua cidade, por meio do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem), que propõe e executa políticas de desenvolvimento econômico, social e planejamento urbano na região.
“A sociedade expressa o desejo do futuro ao poder público. Ele executa e a sociedade fiscaliza”, explicou. Segundo Barros, são elaborados documentos pagos, desenhados e contratados pela sociedade, que servem como um norteador das políticas públicas. “As ações não são engessadas, mas tudo o que for feito deve estar de acordo com o planejamento”, frisou.
Para Barros, Brasília vai mudar nos próximos 20 anos e cabe à população definir se será protagonista ou refém. “É preciso sair da zona de conforto para que as mudanças aconteçam. Exige tempo e investimento, mas a parceria entre governo e sociedade é determinante para o êxito”, afirmou.
Maringá como exemplo
Goiânia foi a primeira cidade planejada a implantar um conselho com foco no futuro. Tomando como exemplo Maringá, foi implantado o Conselho de Desenvolvimento Sustentável e Estratégico (Codese) da região goiana. O presidente do órgão, Renato Correia, explicou que o objetivo é melhorar a renda e qualidade de vida da população.
Na ocasião, ele apresentou o documento Goiânia 2033, que conta com 12 prioridades, entre elas, a melhoria da gestão pública e ser referência no agronegócio. Correia ainda ressaltou que saúde, educação e renda é o foco principal.
Para finalizar o evento, o diretor-executivo da Open Knowledge Brasil e um dos criadores do Programa Cidades Sustentáveis (Rede Nossa São Paulo), Ariel Kogan, destacou que, quando se pensa no futuro das cidades, há diversos desafios, como os relacionados à privacidade, apropriação de espaços públicos e conexão nos locais. “Este projeto da Cbic apresenta um caminho concreto para pensarmos e construirmos uma governança urbana mais alinhada com os principais desafios do século XXI”, avaliou.
“O Futuro da Minha Cidade” é coordenado pela Cbic, com a correalização do Sesi Nacional e patrocínio da Caixa Econômica Federal. Representando o Sinduscon-DF, o evento contou com a presença dos vice-presidentes João Accioly, Guilherme Barros, Marcontoni Montezuma, bem como dos ex-presidentes da casa Elson Póvoa e Adalberto Valadão. O presidente da Adasa, Paulo Salles; o presidente da Ademi-DF, Paulo Muniz; e o presidente da Asbraco, Afonso Assad, também estiveram presentes.
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