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Antonio Temóteo
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Do UOL, em Brasília
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Em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, o presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins, criticou a decisão do governo de liberar os saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Segundo ele, o saque imediato de R$ 500 por conta e os anuais garantem estímulos ao consumo no curto prazo, mas não contribuem para o crescimento sustentável da economia. Martins declarou que os recursos deveriam ser destinados para o financiamento da construção civil, que gera empregos e contribui para o crescimento.
“Cada vez que vem uma norma que trata do uso do FGTS tiramos um balde de água de um setor que emprega dois milhões de trabalhadores. Fizemos um levantamento e existiam no Legislativo 450 projetos de lei que desvirtuavam o uso do FGTS”, disse.
Martins também criticou a decisão da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, que aprovou ontem o projeto de lei nº 1.540 de 2019, que permite ao trabalhador sacar o FGTS para pagar curso de educação superior e cirurgias essenciais à saúde. O texto segue para a Câmara dos Deputados, a menos que haja algum recurso para que a matéria seja votada no plenário do Senado.
“Estão tirando recursos de investimento para o consumo. É uma das raras poupanças que o Brasil tem. A gente insiste que os recursos do fundo sejam destinados para a geração de empregos formais”, declarou.