Retração no setor diminui expectativa de empresários da construção

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Agência CBIC

 

As expectativas, que se elevaram no fim de 2018, foram frustradas e os empresários se tornaram menos dispostos a assumir riscos, o que comprometeu intenção de investimento no setor da construção, segundo sondagem trimestral divulgada nesta quinta-feira (25) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

 

De acordo com o levantamento, a redução da confiança fez com que o índice de intenção de investimento caísse ao longo do trimestre. O indicador tinha atingido o maior valor dos últimos quatro anos em janeiro. Agora, no entanto, retornou ao nível em que estava antes das últimas eleições.

 

A satisfação em relação às condições financeiras também regrediu. Os indicadores melhoraram continuamente no decorrer de 2018, mas sofreram quedas que consumiram os ganhos dos últimos doze meses.

 

A pesquisa mostra, ainda, que o Índice de Confiança do Empresário Industrial – construção (ICEI-construção) teve diminuição de 3,4 pontos. Os componentes do ICEI relacionados a expectativas e condição da economia brasileira caíram de forma mais acentuada que os relacionados à empresa.

 

Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) confirma o cenário. O levantamento aponta que o Índice de Confiança da Construção (ICST) ficou estável em abril, permanecendo em 82,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, porém, o ICST recuou pelo segundo mês consecutivo, ao cair um ponto em abril. Isto demonstra a percepção de que o setor ainda enfrenta dificuldades para deslanchar.

 

Tanto a sondagem da CNI/CBIC como a da FGV sinalizam os mesmos motivos para a tendência pessimista no setor da construção: carga tributária alta e demanda insuficiente.

 

Índice Nacional de Custo da Construção aumenta 0,49%

 

Um segundo estudo publicado hoje pela FGV trouxe atualizações sobre Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), que subiu 0,49% em abril. O percentual é superior ao apurado no mês anterior, quando a taxa foi de 0,19%. A taxa do indicador relativo a materiais, equipamentos e serviços variou 0,67% em abril, ante 0,41% em março. O índice referente à mão de obra subiu 0,33% em abril, após não registrar variação no mês anterior.

 

Todas as capitais apresentaram aceleração em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.

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