Agência CBIC
A indústria da construção continua desaquecida e os índices de confiança e de expectativa demonstram menos euforia em março, indicando cautela dos empresários do setor da construção. A Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira (27/03) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), aponta para um recuo expressivo da intenção de investimento e do Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção), que começaram o ano em níveis bastante elevados mas recuaram pela segunda vez consecutiva, sugerindo que a disposição para investir e a confiança dos empresários estão diminuindo. Veja a pesquisa na íntegra.
A Sondagem da Construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também divulgada nesta quarta-feira (27/03), aponta o mesmo. O seu Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 2,5 pontos, configurando a maior queda na margem desde junho de 2018 (-2,9 pontos). O indicador passou para 82,5 pontos, menor valor desde outubro de 2018 (81,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o ICST recuou 1,0 ponto em março depois de seis altas consecutivas. Veja a pesquisa na íntegra.
“Na prática, apesar de terem metodologias diferentes, as duas pesquisas demonstram uma piora no otimismo dos empresários do setor da construção“, destaca o economista da CBIC, Luís Fernando Melo Mendes.
Houve um pequeno aumento da utilização da capacidade operacional. No entanto, o incremento modesto nesse indicador de produção não sugere uma recuperação, pois ainda há muita ociosidade.
“O ritmo muito lento de crescimento da economia está minando a confiança mostrada pelos empresários da construção no final de 2018. Em março, a percepção que prevaleceu foi de que a atividade retrocedeu, abalando também a confiança na melhora de curto prazo. O resultado de março acende uma luz amarela que reforça a preocupação com a retomada dos investimentos”, avalia a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo.