Agência Cbic
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O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do DF (Codese-DF) completa até o final desta semana o documento “o DF que a gente quer”. A partir do dia 15 ele será entregue aos candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF), que, ainda em agosto deverão promover encontro para debater as propostas. Os que concordarem em executar as sugestões firmarão um termo de compromisso. No sábado (04/08), no auditório do Museu da República, em Brasília, foi realizado workshop, com 6h30 de duração, para a apresentação das propostas, sua validação e recolhimento de novas sugestões para o documento “O DF que a gente quer”.
O evento contou com a presença de 570 pessoas (140 membros do Codese) que puderam avaliar as propostas apresentadas pelas 18 Câmaras Técnicas. O documento tem um grande desafio: reconstruir os laços de confiança entre a sociedade e o poder público, propondo ações e projetos econômicos, sociais, sustentáveis e estratégicos de Estado – de curto, médio e longo prazos, que ultrapassem os diversos governos até 2030. Pelo site “odfqueagentequer.org” 3 488 internautas acompanharam o evento e 1347 escolheram os temas mais importantes do documento.
A proposta de pensar o futuro de Brasília nasceu do projeto O Futuro da Minha Cidade, realizado pela CBIC, por meio da sua Comissão do Meio Ambiente (CMA), em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), com a correalização do Sesi Nacional e patrocínio nacional da Caixa Econômica Federal, com base na experiência bem sucedida em Maringá (PR), que tem como principal objetivo mobilizar a sociedade organizada para ser protagonista na gestão das cidades, desenvolvendo soluções para a sustentabilidade urbana.
Maturidade
Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, “o encontro foi uma demonstração de maturidade do Codese-DF, que soube captar o que é importante para o cidadão brasiliense e formatar um documento substantivo a ser entregue aos candidatos ao Palácio Jaburu. Assim, vai inserir o cidadão dentro de sua cidade, exigindo comprometimento dos governantes. O presidente da Fecomércio e membro do Conselho Consultivo, Adelmir Santana lembrou que o Codese está oferecendo aos governantes uma consultoria gratuita, com planos e projetos que refletem a necessidade da população.
O presidente do Codese-DF, Paulo Muniz, disse que chegou o momento de a sociedade brasiliense participar da gestão dos negócios públicos. “Uma ação efetiva é o principal instrumento de que os cidadãos dispõem para exercer sua soberania, garantindo direitos e defendendo seus interesses. Temos que assegurar os meios para criar mecanismos e controlar socialmente quem governa. Se não apresentarmos soluções e propostas factíveis para o futuro, perderemos a oportunidade de exigir dos governos seu comprometimento com uma administração voltada para as reais necessidades da população”.
Um ano de estudos
O documento, sem qualquer coloração partidária, foi gestado ao longo dos últimos 12 meses por 240 técnicos, empresários, acadêmicos e representantes da sociedade civil organizada, que participaram das 19 Câmaras Técnicas. O objetivo foi estudar e propor ações efetivas para garantir o desenvolvimento econômico, social, sustentável e estratégico de toda a região geoeconômica do DF, proporcionando qualidade de vida e condições dignas aos cidadãos. Foi realizada uma ampla radiografia da situação do Distrito Federal e Entorno, e as sugestões e propostas estão conectadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.
O Codese DF é uma organização social sem fins lucrativos, apartidária, fundada ao passado por 75 entidades e empresas da iniciativa privada e sociedade civil organizada, e que tem como objetivo aumentar o grau de conexão da sociedade com o governo.