Agência CBIC
A construção civil fechou em julho o 17º trimestre consecutivo de retração e encolheu em todas as bases observadas para medir o desempenho da economia. Mais uma vez, o setor que responde por mais de 50% do investimento no país ficou fora do movimento continuado de recuperação da economia, que cresceu 0.2% no segundo trimestre. Resultado do PIB divulgado pelo IBGE corrobora posicionamento do setor, que tem cobrado do governo federal a adoção de medidas para melhorar o ambiente de negócios, especialmente no campo da segurança jurídica, e ampliar o acesso ao crédito para que as empresas possam voltar a empreender. “O investimento caiu 1,8% e sem investimento nosso setor paralisa a economia e o Brasil não avança”, comenta José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Segundo ele, isso fica ainda mais claro quando considerado o desempenho do mercado imobiliário, que registrou crescimento no segundo trimestre. “Esse setor, hoje, tem sido alavancado por recursos do FGTS e caminha para a recuperação”, diz Martins. Estudo divulgado pela CBIC indica o aumento de 32,1% nas vendas de imóveis. “Nós temos alertado que a recuperação da economia não virá pela receita tradicional de estímulo ao consumo”, frisa o presidente da CBIC. “É preciso retomar o investimento para podermos gerar empregos, construindo um crescimento sustentável”.