CBIC solicita imediata suspensão de novos aumentos de preços nos materiais asfálticos à Petrobras

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Agência Cbic

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) solicitou ontem (22/05) ao presidente da Petrobras e membro do Conselho de Administração, Pedro Pullen Parente, a imediata suspensão de novos aumentos de preços nos materiais asfálticos, com a consequente revisão do cronograma definido pela companhia para alinhamento com as cotações internacionais, diluindo tais aumentos ao longo de um período de 24 meses a partir de janeiro de 2019.

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Em janeiro deste ano, a Petrobras implementou uma nova política de preços de materiais asfálticos, precedida de um aumento médio de 12% em novembro de 2017. Tal política de preços teve impacto sobre todos os contratos de empreendimentos que se utilizam do insumo. “Falamos das obras rodoviárias, das pavimentações urbanas, das reposições de pavimentos em obras de saneamento, dos serviços complementares em loteamentos, das urbanizações do Minha Casa, Minha Vida, entre tantos outros”, aponta o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
 
Esses aumentos, incidentes na celebração dos contratos em vigor e imprevisível à época dos ajustes iniciais entre as partes, caracterizam desequilíbrio econômico-financeiro. Concretamente, obras e empreendimentos estão sendo paralisados em todo o território nacional, contribuindo negativamente para a retomada da economia. Além disso, muitos trabalhadores estão sendo demitidos.
 
“A política da Petrobrás vem no sentido inverso das medidas estudadas pelo governo para reativar a construção civil e gerar empregos”, destaca o presidente da COP, Comissão de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, “Além do que, o material asfáltico não é significativo na composição das receitas da Petrobras, o que lhe permite diluir esses aumentos em período bem mais longo", acrescenta.
 
A CBIC informou, sobre a solicitação à Petrobras, ao presidente da República, Michel Temer, e aos ministros Alexandre Baldy (Cidades), Eduardo Guardia (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Esteves Colnago (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão), Moreira Franco (Minas e Energia) e Valter Casimiro (Transportes, Portos e Aviação Civil).

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