Entidades auxiliarão trabalho de mapeamento de votos pela Previdência – Correio Braziliense

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Rodolfo Costa
Correio Braziliense

O objetivo é de que, com a força-tarefa, os parlamentares tenham maior certeza sobre o número de parlamentares que devem votar pela aprovação da reforma

O governo federal ganhou cinco importantes aliados para o trabalho de mapeamento de votos e convencimento de deputados indecisos em relação à reforma da Previdência. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), a Confederação Nacional de Municípios (CNM) e o Movimento Brasil Livre (MBL) estão promovendo trabalho corpo a corpo com parlamentares para assegurar o número mínimo de 308 votos para a aprovação da proposta.

A CNC, CNI, CNM e MBL estão atuando em conjunto com governistas para auxiliar no mapeamento de votantes. Um trabalho que tende a ganhar força a partir desta quarta-feira (6/12). "A partir de hoje, eles vão fazer o corpo a corpo direto. Por telefone, ou indo direto aos assessores ou os próprios parlamentares. De repente, um deputado pode dizer para um prefeito que vai votar pela reforma, e dizer para uma entidade que votará contra", afirmou o vice-líder do PMDB na Câmara, Darcísio Perondi.

O objetivo é de que, com a força-tarefa, os parlamentares consigam cruzar as informações e tenham maior certeza sobre o número de parlamentares que devem votar efetivamente, ou não, pela aprovação da reforma. "É uma emergência. Uma guerra da sociedade com as corporações públicas", disse Perondi.

A Cbic também se comprometeu a ajudar o governo, mas em um processo de convencimento. Nesta quarta-feira (06/12), o presidente da entidade, José Carlos Martins, se encontrou com o presidente da República, Michel Temer, para demonstrar apoio. "Entendemos que, para ter investimento, é preciso retomar a credibilidade. E, para isso, a aprovação da reforma da Previdência é inevitável", avaliou.

Dirigentes regionais das 85 entidades ligadas à Cbic vão procurar os deputados dos respectivos estados de origem para conscientizá-los sobre a importância da aprovação, explica Martins. "Nossos dirigentes que concordam com a reforma, e eu diria que são 100%, vão conversar com os parlamentares locais e explicar a proposta. É a única forma de garantir o pagamento das aposentadorias", alertou.

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