Agência Cbic
A Lockton Corretora, em parceria com a Cbic, negociou condições pré-aprovadas junto ao mercado segurador para a contratação de seguro garantia. A parceria visa apoiar construtoras na obtenção de seguros e limites de garantia para obras de infraestrutura.
O desafio é a estruturação de um programa de seguros adequado para as obras de infraestrutura é algo cada vez mais desafiador para as empresas do segmento, principalmente devido a:
• Deterioração da saúde financeira de grande parte do setor;
• Necessidade de diversificação do portfólio de obras exigindo uma importante curva de aprendizado;
• Empresas brasileiras focando em obras internacionais;
• Cultura de gestão de risco ainda muito incipiente.
A consolidação do mercado segurador com as recentes fusões de empresas brasileiras por grupos internacionais reduziu significativamente as opções de seguradores especializados em grandes riscos, tornando os “guidelines” de aceitação de risco no Brasil cada vez mais restritos.
Se por um lado o mercado de seguro brasileiro está se tornando cada vez mais exigente, por outro lado os empresários precisam evoluir com políticas sólidas de gestão de riscos para mitigação de suas exposições, uma vez que, em média, cerca de 70% dos riscos das empresas não são seguráveis.
Entendendo os impactos de uma perda não coberta
A estruturação do programa de seguros deve levar em conta a capacidade financeira da empresa e os riscos envolvidos em suas atividades / projetos.
O que aconteceria se uma construtora sofresse uma perda não segurada superior a R$ 5 milhões? Para algumas construtoras esta quantia pode ser algo irrelevante, porém para outras pode representar um possível pedido de recuperação judicial.
Entender qual é a capacidade de retenção de perdas de sua empresa é um primeiro e importante passo para definir as premissas do desenho do programa de seguros.
Questões a serem consideradas nesta etapa
• Qual seria o impacto de perdas não cobertas em seus “convenants”?
• Quais métricas a sua empresa usa para determinar o sucesso? EBITDA? Resultado líquido?
• Qual é sua atual tolerância a risco?
• Qual nível de perda seria considerado aceitável ou catastrófico?
Entendendo os riscos do projeto
A estruturação de um programa consistente de seguros exige que as empresas enxerguem além das exigências de um edital de licitação / concorrência, que muitas vezes focam em defender o interesse do licitante.
A estruturação de uma matriz de risco é uma prática que permite as empresas exercitarem a (1) Identificação (2) Quantificação e (3) Qualificação dos riscos. Importante que as empresas recorram às experiências internas e externas de forma que os principais riscos sejam identificados e ranqueados.
Abaixo um exemplo ilustrativo de Matriz de Risco que destaca riscos seguráveis, não seguráveis e parcialmente seguráveis.
Desenhando o programa de seguros
É importante destacar que um projeto pode ter características peculiares que requerem uma estruturação de programa de seguros que envolvem uma imensa gama de negociações e acordos, não só entre os sócios e lenders como também com fornecedores, clientes e entidades governamentais. Neste artigo manteremos o foco na parte conceitual desta estruturação.
Conhecendo os principais riscos associados ao projeto, a empresa poderá definir a estrutura de seu programa de seguros com base em seu apetite de retenção de perdas.
Programa de seguros
As empresas cada vez mais precisam entender que não estão comprando o seguro, mas sim vendendo o seu risco ao mercado segurador e ressegurador, de uma forma alinhada com os objetivos estratégicos da organização. Abaixo uma demonstração de alguns seguros mais procurados pelas empresas de infraestrutura durante a fase de construção.
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