Assessoria de Comunicação da Cbic
Apontada como promissor funding para o mercado imobiliário, a Letra Imobiliária Garantida (LIG) pode ter concluída sua regulamentação pelo Governo Federal no mês de agosto. Titular da Fazenda, o ministro Henrique Meirelles afirmou que o assunto deve ser incluído na pauta da próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). "Nós queremos regulamentar o mais rápido possível", avisou. A decisão de agilizar a regulamentação do instrumento, com vistas a injetar crédito e impulsionar o mercado imobiliário, foi sinalizada pelos diversos integrantes do Governo Federal que participaram do "Fórum LIG – O novo funding do mercado imobiliário", evento promovido pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em São Paulo, para discutir novas alternativas para o financiamento do mercado imobiliário nacional.
Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e um dos painelistas do evento, José Carlos Martins alertou para a correlação entre o novo instrumento e os indicadores econômicos brasileiros. "Nós não teremos a LIG funcionando sem escala e aderência no mercado", afirmou. Segundo ele, é preciso estabelecer condições atraentes para o investidor, de forma a criar um novo mercado consistente e perene. "Não queremos uma obra de ficção". Os painelistas do encontro convergiram na expectativa de que a regulamentação e implantação amplie o mercado para pequenas e médias empresas e também desperte o apetite de outros segmentos do mercado financeiro.
"Nós vamos dividir o mercado em antes e depois da LIG. Funding é o assunto mais importante do segundo semestre", prevê o presidente do Conselho da Abrainc, Rubens Menin. "É hora da virada, nosso setor começa a reagir", endossou o presidente da entidade, Luiz Antonio França. "A LIG é um instrumento que leva o Brasil ao nível dos países desenvolvidos". A expectativa de dirigentes e empresários do mercado imobiliário e da construção civil é que o novo instrumento traga recursos novos para a atividade, com impacto positivo não apenas sobre o déficit habitacional (que ainda é alto no Brasil), mas principalmente na geração de empregos.
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