Limite maior destrava setor – Correio Braziliense

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Rodolfo Costa
Correio Braziliense

As medidas anunciadas pelo governo federal para destravar o consumo na economia, incluindo ações direcionadas ao mercado imobiliário, agradam representantes do setor. Desde novembro, o limite para financiamento de imóveis pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) subiu de R$ 750 mil para R$ 950 mil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal. Para Adalberto Cleber Valadão Júnior, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), a iniciativa é positiva porque poderá ampliar o acesso ao crédito.

"Não é a medida mais relevante para o mercado, mas tem um efeito bom. Com esse aumento, imóveis que antes não tinham esse limite maior passam a ter. E isso vai dar mais oportunidades para as pessoas realizarem o sonho", pondera. A alteração veio em um momento que as taxas reguladas, ou seja, aquelas que utilizam recursos do FGTS e da caderneta de poupança, deram sinais de desaceleração. 

Em novembro, a média de juros recuou para 9,92% ao ano, segundo o Banco Central (BC). É o menor resultado desde fevereiro de 2016. Para Valadão Júnior, a depender de uma desaceleração continuada, será possível estimular uma recuperação do crédito e o resgate do mercado imobiliário. "Taxas de juros mais baixas estimulam muito o mercado. Esperamos que os juros continuem caindo para que os empresários da construção civil voltem a investir. Com isso, o desemprego no setor tende a diminuir e mais pessoas passarão a ter capacidade para comprar um imóvel", avalia. 

Cautela

A ideia de compra de um imóvel deverá vir acompanhada de muita cautela, recomenda a educadora financeira Teresinha Rocha, da DSOP Educação Financeira. "É importante ter um bom valor para dar de entrada e se certificar que a prestação caiba no bolso sem precisar recorrer ao cartão de crédito ou ao cheque especial para pagar outras contas", destaca. Os cuidados, no entanto, vão além. É recomendável que o imóvel de desejo esteja localizado em uma região em que os preços cobrados pelo comércio e prestadores de serviços sejam compatíveis ao orçamento, alerta Teresinha. (RC)

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