Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF
A trajetória da preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, até se chegar à Portaria nº 166/2016, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-DF), foi apresentada, na manhã desta terça-feira (23), no auditório do Sinduscon-DF. O objetivo principal foi esclarecer e debater a recente portaria, que detalha e complementa regras de tombamento da capital federal, bem como propor aperfeiçoamentos.
“O debate, esclarecimento e discussão acerca desta portaria foi fundamental, uma vez que é determinante para a elaboração do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), demanda importante do setor”, ressaltou o vice-presidente da Indústria Imobiliária do Sinduscon-DF, João Accioly.
O superintendente do Iphan-DF, Carlos Reis, explicou que Brasília foi o primeiro artefato construído pelo homem, no século 20, reconhecido como patrimônio mundial. “A capital conta com componentes de preservação inéditos, se comparados aos de outras cidades, que já têm seus centros históricos consolidados”, apontou. Segundo ele, por este motivo, não é simples trabalhar com a conservação da cidade.
O histórico sobre o tombamento de Brasília e a Portaria nº 166/2016 foram apresentados pelo arquiteto Maurício Goulart e pelo historiador Thiago Perpétuo, ambos do Iphan-DF. Eles explicaram os caminhos até ser publicada a portaria em questão. Segundo os especialistas, ela compreende de maneira mais eficaz quais elementos são importantes para se preservar na capital federal.
Objetivo patrimonial, valores históricos e escalas urbanísticas foram alguns dos pontos destacados da portaria. Maurício Goulart ressaltou que não há a revogação da Portaria nº 314/1992 com a Portaria nº 166/2016. Segundo ele, somente alguns artigos foram anulados. Também foram feitas algumas complementações ligadas às superquadras, Setor de Clubes e Eixo Monumental, por exemplo.
Para finalizar, o superintendente do Iphan-DF, Carlos Reis, destacou que é necessário avançar nestes debates. “Não é uma discussão exclusiva do Iphan-DF e, sim, de uma sociedade que quer ser consolidada e afirmada como moderna e avançada”, ressaltou.
Também representando o Iphan-DF, compareceu a coordenadora técnica Sandra Ribeiro. Ao final, os participantes puderam tirar dúvidas sobre o assunto.
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