Assessoria de Comunicação da Cbic
Em matéria publicada nesta quarta-feira (20/07), no Portal Piniweb, referente às mudanças nas condições de financiamentos anunciadas pela Caixa Econômica Federal nesta semana, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, menciona que a elevação do limite de transferência de financiamento contraído em outros bancos, que passou de 50% para 70%, será mais efetiva para reativar o setor. "Isso terá um impacto maior para a Caixa do que a elevação do teto para financiamentos, que dobrou para R$ 3 milhões. São medidas de ajuste para contornar a situação, mas não resolvem", ponderou.
Perguntado se a decisão de elevar o teto não seria uma maneira da instituição atingir artificialmente as metas de financiamento, Martins não descartou a hipótese. "Pode ser apenas um artifício sim", disse. O valor das quotas de financiamento por meio do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) também foram ajustadas de 60% para 70% em imóveis usados e de 70% para 80% na aquisição de imóveis novos, de terreno e construção, de construção em terreno próprio e de reforma e ampliação. A Caixa ainda estuda lançar um novo modelo de concessão de crédito, que considera aspectos do perfil do cliente, como capacidade de pagamento ou menor quota de financiamento.
As mudanças não afetam as operações do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que financia a compra de imóveis de até R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e de até R$ 600 mil no restante do País. Enquanto o SFH financia imóveis com recursos do FGTS, o SFI financia unidades de maior valor, com recursos de fundos de pensão, fundos de renda fixa, companhias seguradoras e bancos de investimento.
Para Martins, a decisão de elevar o teto dos financiamentos foi pontual. "Esse não é o foco da Caixa. Em geral, uma unidade desse tamanho (com valor entre R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões) tem nicho específico", acrescentou.Sobre a expectativa de retomada da indústria da construção, o presidente da Cbic estima que será gradual. Segundo ele, é difícil prever se será no último trimestre desse ano ou meados de 2017, mas essa perspectiva já está no horizonte. "Não tem muita mágica, acho que o governo interino está fazendo o que está ao seu alcance para reativar a economia", diz.
(Com informações do Portal Piniweb)