Assessoria de Imprensa da CNI
A parceria, iniciada em 2010, já resultou na formação de quase 200 professores e técnicos do Senai. A tecnologia instalada no centro permite venda do excedente da energia produzida
No último dia 16 de junho, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) implantou em Taguatinga, Distrito Federal, o 1º Centro de Treinamento em Energia Solar. No espaço, montado com o apoio técnico da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento, por meio da agência GIZ, serão formados profissionais de instalação de painéis solares fotovoltaicos e também haverá a capacitação de professores do Senai de várias unidades no país. Já existem centros semelhantes nas cidades de São Paulo e Fortaleza. Ainda para este ano, está prevista a inauguração do centro solar em Natal.
O gerente de relações internacionais do Senai, Frederico Lamego, destaca que a transferência de conhecimento da agência alemã para o Senai é fundamental porque agrega valor aos novos cursos, aos programas educativos na área de energia solar e ao desenvolvimento de serviços para as empresas brasileiras. “A gente entende que esse é um mercado promissor de forte demanda e a Alemanha hoje é uma das referências no mundo no tema da energia renovável”.
Programa de formação e assessoria técnica – A iniciativa faz parte do programa de formação e assessoria técnica prestado pela GIZ com recursos do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha. Iniciado em 2010, quase 200 docentes e técnicos do Senai foram formados em cursos de nivelamento, incluindo visitas técnicas à Alemanha. Além disso, foram elaborados currículos de formação nas áreas de eficiência energética, geração eólica e energia solar.
Segundo Thiago Victor, supervisor técnico do centro, a cooperação com a Alemanha foi decisiva para iniciar o trabalho de formação profissional na área de energia solar no Distrito Federal. “Desde 2013 participamos de ações de treinamento em energia solar, incluindo uma missão técnica à Alemanha, que muito contribuíram para capacitar o nosso pessoal”.
A tecnologia instalada no centro de treinamento permite à escola do Senai vender o excedente de energia produzida para a concessionária local. Isso é possível porque os painéis solares do centro de treinamento estão conectados à rede elétrica urbana. O telhado, coberto com material cerâmico e metálico, parecido com o que é usado em residências e indústrias, permite o aprendizado na escola de acordo com a realidade do dia a dia da prática profissional.
A concretização do empreendimento foi possível por meio de um financiamento do Fundo Solar, criado pelo organismo alemão de certificação de energias limpas, Grüner Strom Label e.V. (GSL), em parceria com a organização não governamental brasileira, Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), com apoio da GIZ e do BMZ.
Para Martin Studte, da GIZ, dentro das energias renováveis a fotovoltaica é uma das tecnologias que mais geram empregos ao longo de toda cadeia. “A mão de obra qualificada é um fator chave para o crescimento desta tecnologia no Brasil. As escolas do Senai estão se posicionando para atender esta demanda”, diz.
Em 2018, o Brasil deverá estar entre os 20 países com maior geração de energia solar, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA). Para isso, até lá, devem ser geradas pelo menos 60 mil novas oportunidades de trabalho na área, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
O Sinduscon-DF, que apoia a iniciativa, marcou presença na inauguração. Os vice-presidentes do sindicato, Marcontoni Montezuma, Graciomário de Queiroz e Jorge Luiz Salomão estiveram presentes.
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