Mercado imobiliário do DF espera poucos negócios no Feirão da Caixa Econômica – Fato Online

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Os ajustes nas análises de financiamento, exigindo mais dinheiro dos compradores na hora de fechar negócio, podem inviabilizar muitos negócios
 
Diego Amorimt
 
Em anos anteriores, uma semana como esta, que antecede o Feirão da Casa Própria, organizado pela Caixa Econômica, seria de euforia para o mercado imobiliário brasiliense. Pois o clima é justamente o oposto.
 
A 11ª edição do Feirão, no próximo fim de semana, tende a ser a menos empolgante, na avaliação do presidente da Ademi-DF (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal), Paulo Muniz. O desânimo de construtoras e imobiliárias, explica ele, deve-se a recentes decisões tomadas pela própria Caixa.
 
"O discurso oficial do banco não combina com a prática”
Presidente da Ademi-DF, Paulo Muniz
 
Os ajustes nas análises de financiamento, exigindo mais recursos dos compradores na hora de fechar negócio, representarão “um baque muito grande”, define Muniz. “Muitas empresas que esperavam o Feirão para oferecer imóveis em todas as faixas de renda não poderão ofertá-los”, lamenta.
 
Descompasso
 
Em março, executivos da Caixa – responsável por cerca de 70% dos financiamentos imobiliários no país – visitaram a Ademi-DF e “cobraram” projetos dos empresários. “No mês seguinte, fomos surpreendidos com a suspensão da análise para novos empreendimentos. O discurso oficial do banco não combina com a prática”, ataca Muniz.
 
No início deste mês, o Fato Online mostrou que o mercado imobiliário brasiliense vive seu pior momento em duas décadas. “Todo dia é uma surpresa que inibe o setor”, reforça o presidente da Ademi-DF, para quem a Caixa e o governo federal têm criado “imensas dificuldades” a quem deseja comprar imóvel no Brasil.
 
Queda nas estimativas
 
Oficialmente, diante da incontestável crise do mercado imobiliário, a Caixa reduziu quase pela metade a estimativa de imóveis a serem ofertados no evento em Brasília: o total esperado para os três dias de Feirão despencou de 10 mil, em 2014, para 5,6 mil, neste ano.
 
Quanto ao número de parceiros, houve redução de 85%, saindo de 130 no ano passado para 70 no próximo fim de semana. A soma inclui construtoras, imobiliárias e correspondentes da Caixa. 
 
O banco não comentou os comentários do presidente da Ademi-DF.

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