Morre Alberto Péres, fundador do UniCeub, aos 94 anos

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Correio Braziliense

com informações da Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

 

Educador morre, em Brasília, depois de um fim de semana dedicado aos familiares. Ele morava em João Pessoa e não vinha à capital havia três anos

 

Morreu ontem, 1º, de parada cardíaca, o professor e advogado Alberto Péres, aos 94 anos. Ele fundou o Centro Universitário de Brasília (UniCeub), há quase 40 anos, primeira faculdade particular da capital. Alberto era tio do ex-presidente do Sinduscon-DF, Julio Peres, hoje, secretário de Infraestrutura e Serviços Público do DF.

 

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O velório acontece hoje, a partir das 13h, na capela 6 do Cemitério Campo da Esperança. O enterro está marcado para às 17h. Alberto Péres deixa a mulher, Valéria, três filhos (Adilson, Ayrton e Alberto), onze netos e milhares de alunos – conquistados durante os 73 anos em que serviu ao magistério, sua grande paixão.
 
Para um dos filhos dele, o advogado Adilson Péres, a morte do pai foi emocional. O patriarca não vinha a Brasília havia três anos. “Fizemos o encontro aqui para que ele pudesse reencontrar pessoas queridas e importantes na vida dele. Uma pena ele não ter resistido, mas certamente morreu feliz”, disse Adilson. Alberto morreu às 10h, pouco antes de sair para o aeroporto de Brasília e voltar para João Pessoa (PB), onde morava.
 
Nascido em Borda da Mata, no interior de Minas Gerais, ele se mudou para a capital em 1959. Para isso, deixou de lado o mandato de deputado estadual, vendeu as empresas e ainda teve de convencer a primeira mulher, Jupyra Klier Peres. “O meu pai apostou em Brasília. Chegou no começo e logo criou a universidade. Tinha muito orgulho de ser professor”, afirmou outro filho dele, o médico Ayrton.
 
Na mesma época, o jornalista Dalmo Péres, sobrinho de Alberto, veio morar no DF. Com a ajuda do tio, conseguiu um emprego no UniCeub, onde estudou e ocupou o cargo de vice-diretor do curso de Comunicação. “Ele foi um espelho para a minha vida. Sempre ajudou todos à sua volta com muito carinho”, lembrou. O reitor da instituição, Getúlio Lopes, disse que a família dele ficou muito triste com o ocorrido. “Ele fundou a universidade ao lado do meu pai, João Herculino. Era um homem de fibra. Tinha o espírito e a alma de professor”, explicou.
 
Hábitos
 
Na capital, Alberto Péres escreveu vários livros e trabalhou lecionando Direito e Português. Também ocupou o cargo de procurador federal, mas gostava mesmo de ensinar. “Chamá-lo de professor era motivo de orgulho. O meu pai era um pensador, um escritor, conhecido pela erudição. Sempre foi intelectual”, contou Adilson. Em 1968, graduou as primeiras turmas do UniCeub, instituição de ensino particular da qual foi o primeiro presidente.
 
O primeiro slogan do UniCeub dizia que ali estava concentrada “a força de um ideal”. A frase acompanhou Alberto durante a vida toda, segundo os filhos. Possivelmente, amenizou a dor do professor na morte da companheira anterior, há 17 anos. E também deu carta branca para a nova união, com a paraibana Valéria, com quem viveu os últimos anos, em João Pessoa.
 
Parte da história de Alberto Péres se passou no Lago Sul, onde ele mantinha uma casa, hoje de Ayrton. Ali, aos sábados, toda a família se encontrava para almoçar. Dois hábitos marcaram a vida de Alberto: antes de comer, tomava um cálice de vinho do porto; e, antes de dormir, atualizava o diário. Em breve, esses documentos serão compilados pelos filhos, que pretendem contar a história do pai em um livro de memórias.
 

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