Estudo apresenta desempenho das empresas de concretagem no DF

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Larita Arêa
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

Em seu quinto ano, o projeto Indicadores do Concreto consolida-se, cada vez mais, como instrumento de gestão, de modo a retratar a realidade do mercado. No dia 9 de setembro, o coordenador do projeto, Dionyzio Klavdianos, apresentou para a Diretoria do Sinduscon-DF o levantamento “Séries temporais atualizadas". O estudo revela o desempenho das empresas de concreto e das construtoras nos últimos anos.

Os dados abordam pontualidade, volume, velocidade e análise tecnológica do processo. Atualmente, o projeto está na 4ª etapa e tem mostrado uma oscilação no desempenho das empresas. Em julho de 2010 (1ª etapa), 50% das empresas iniciaram a concretagem no horário programado. Já em 2014, essa pontualidade registrou um índice superior a 60%, mas, até o final do último levantamento (julho de 2014), foi revelada uma queda, chegando a marcar entre 40% e 50% de pontualidade. O estudo justifica essa queda alegando problemas na concreteira, responsável por 98% dos casos de atrasos.

Segundo Dionyzio, não há razões para atrasos, mas podem ocorrer diversos imprevistos, como falha de equipamento na concreteira; queda no fornecimento de energia; traslado; ou má coordenação de planejamento da empresa. “É possível reverter esse quadro, analisando os indicadores e propondo a cada um dos envolvidos, individualmente ou em grupo, soluções para diminuir os problemas apresentados por meio do projeto”, destacou.

Também foi observada uma queda na velocidade da concretagem. Para o coordenador do projeto, esse resultado é preocupante devido ao comprometimento da produtividade. “Isso demonstra que o setor não utiliza da forma que poderia os benefícios de um processo industrializado. Se uma bomba de concreto pode lançar até 1.000 m3/h e lança apenas 10%, imagine o ganho que isso representaria para um canteiro, em termos de produtividade? Seria o equivalente a lançar, pelo menos, quatro caminhões betoneira por hora ao invés de um e meio, como tem sido atualmente”, ponderou.

Para a engenheira Gezeli Melo, também coordenadora do projeto, esse é o objetivo do estudo: buscar aprimorar o setor, de forma a reconhecer as falhas e corrigi-las. “O projeto visa sanar os problemas, buscar a excelência nos processos, otimizar a produtividade e, assim, gerar esta cultura de análise no setor da Construção Civil”, explicou.

Gezeli destaca, ainda, que o banco de dados do Indicadores do Concreto é considerado sólido e ativo, resultado da parceria das empresas do setor, que fornecem informações ao projeto. “Esses dados possibilitam o direcionamento de novas pesquisas para melhor visualizar as necessidades do setor e trabalhar novos índices”, concluiu.

Os interessados em participar do projeto podem cadastrar-se no site www.projetoconcreto.org.br ou entrar em contato pelo telefone (61) 3403-0873. O Indicadores do Concreto trabalha com canteiros que estejam em qualquer fase de concretagem, desde a fundação até o piso. É fundamental, porém, que ele esteja localizado nos limites do DF.

No site do projeto é possível encontrar os gráficos referentes aos índices e formulários para programação de concreto, bem como a relação de concreteiras, construtoras e laboratórios.

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