Ensino concreto

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 Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

 

Com objetivo de ampliar os conhecimentos sobre o controle da qualidade de materiais da cadeia construtiva, teve início na noite de ontem, 20 de agosto, o curso Tecnologia Básica do Concreto, realizado na sede da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco). A iniciativa é uma promoção da Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat) do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), em parceria com o Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB). Mais da metade do público presente foi composta por estudantes de Engenharia e Arquitetura.

 

O treinamento abordou desde a produção do concreto, destacando os materiais utilizados e suas peculiaridades, passando, também, por propriedades nos estados fresco e endurecido, até chegar ao recebimento e controle tecnológico e sua durabilidade.

 

Para Waldir Belisário, representante da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), o Sinduscon-DF e a UnB auxiliam na integração entre o aluno e o mercado de trabalho. “Muitas vezes, há uma demora para que as dificuldades do mercado de trabalho se reflitam no meio acadêmico, fazendo com que o engenheiro recém-formado não tenha um conhecimento real da situação. Muitos profissionais não sabem, de fato, o que é o concreto. Com iniciativas deste porte, os futuros engenheiros começam a ter uma visão mais ampla”, explica. Para ele, os benefícios do curso não se limitam aos alunos. “Atingem, também, o mercado que orbita em torno. Assim, o aluno sai da graduação melhor preparado”, finaliza.

 

Segundo o professor João Henrique Rêgo, o gargalo de conhecimento a respeito do material dentro da Construção Civil pode diminuir. “O concreto, hoje, é um dos materiais da indústria da Construção Civil mais utilizados no mundo, mas é preciso fazê-lo de maneira adequada. Conhecendo melhor o material com o qual você está trabalhando, sua visão começa a ficar mais crítica. Um material de menor qualidade significa mais custos, a médio e longo prazo. Isso é um desserviço ao cliente final”, analisa.

 

Já o professor e doutor Cláudio Pereira considera o curso uma oportunidade de integração entre a teoria e a prática. “Acaba que se aprende, e em muitos casos é relembrado, alguns itens básicos do material. Quando um erro na seleção acontece, é relacionado a quem especifica o material. E isso se perpetua da montagem até o final da obra. Com esse aprendizado, esperamos eliminar esse tipo de erro”, destaca.

 

Um dos coordenadores do curso, o professor e doutor Elton Bauer acredita que também há um retorno para o mundo acadêmico. “Esse já é o segundo evento do tipo que conseguimos realizar. Já estamos pensando na possibilidade de haver uma terceira edição, no ano que vem. É importante, pois quebra um ciclo interno dentro da universidade. Você traz o aluno para a realidade, a academia consegue ver melhorias e, assim, fazer com que os problemas de pesquisa possam ser estudados”, garante. Para ele, a parceria com o Sinduscon-DF trouxe bons frutos. “É fundamental e importantíssima essa relação. Gostaria de agradecer todo o apoio do sindicato, em especial, ao vice-presidente Dionyzio Klavdianos, por nos ajudar a tornar esse evento algo tão proveitoso”, agradece.

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