Sinduscon-DF recebe workshop sobre estruturas de Brasília

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Mariana Alves

Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

 

Na noite da última quinta-feira (12), o Sinduscon-DF realizou o workshop “Cases históricos sobre o ponto de vista estrutural em Brasília”. O evento reuniu mais de 80 participantes e faz parte de uma programação especial da entidade – “Brasília, 60 anos em construção”.

 

Com quatro horas de duração, as palestras renderam um rico debate ao final, tirando, também, as dúvidas dos participantes. Os cases históricos apresentados sobre o ponto de vista estrutural tiveram relação direta com a cidade de Brasília, fazendo um apanhado histórico e uma comparação com os dias atuais.

 

O primeiro palestrante da noite foi o engenheiro Eduardo Azambuja, da Quattor Engenharia. Com o case ‘Aspectos Executivos e Estruturais na execução do Banco Central de Brasília’, o especialista abordou aspectos históricos sobre a construção, a infraestrutura e a execução da obra do Banco Central.

 

Para Eduardo, o passado traz um grande aprendizado sobre como grandes obras foram bem feitas, mesmo com meios não tão eficientes se comparados com a tecnologia atual. “Destaco a importância do uso de formas metálicas, que foram estudadas para economizar, sendo feitas de forma repetitiva, sem perder a qualidade”, falou.

 

Seguindo as palestras, os engenheiros Maria Lúcia e Igor de Oliveira, da Simetria Engenharia, falaram sobre a ‘Estrutura de Edifício de Múltiplas Utilizações – Pioneiro em tecnologia Bubbledeck’.

 

Por meio de slides, demonstraram algumas características do uso desta tecnologia, dentre elas, o uso de lajes mais leves devido à redução do volume do concreto. “A tecnologia do bubbledeck ainda tem muito a ser explorada”, destacou Igor.

 

O terceiro palestrante da noite, o engenheiro Alexandre Campos, da ADC Projetos, trouxe o case ‘Visão histórica do projeto estrutural em Brasília’. Segundo o especialista, foi importante falar sobre o tema para um público mais segmentado.

 

Alexandre descontraiu a plateia referindo-se a era pré internet, quando não havia as facilidades tecnológicas que existem atualmente, destacando a importância de compreender a evolução histórica dos equipamentos tecnológicos que auxiliam a área estrutural da engenharia. “Tentei colocar na palestra o que vivi em minha carreira profissional, desde os anos 80, quando ela se iniciou, destacando as evoluções tecnológicas em hardware e em software que nos auxiliava então e hoje em dia no nosso trabalho”, contou.

 

Sobre o uso do BIM, Alexandre comenta que a tecnologia existe há cerca de nove anos, mas que, atualmente, tem ganhado mais espaço no setor. “O BIM tem se tornado realidade e estamos aprendendo a como encaixar essa tecnologia em nosso processo produtivo, tanto para quem está produzindo projetos de arquitetura ou de estrutura, como no meu caso, e até mesmo para o cliente do projetista ou calculista, o construtor.”, evidenciou.

 

Renato Cortopassi, diretor da Kali Engenharia e suplente da Dimat/Sinduscon-DF, fechou as palestras da noite com o case ‘Recuperação Estrutural do prédio Via Aldeota após incêndio’. Renato destacou a importância de se saber usar a tecnologia na recuperação de danos. “Conseguimos escorar e reforçar o prédio, deixá-lo adequado para que as pessoas possam morar mais 30, 40 anos”, afirmou.

 

O estudante de Engenharia Civil, Hugo Barbosa, avalia que o workshop foi uma oportunidade de aprendizado. “É interessante tratar do tema estrutura, uma área que acredito que carece de profissionais. O case da Bubbledeck foi bastante significativo, não conhecia a tecnologia, que apesar de antiga é muito mal difundida”, comentou.

 

Christopher Nixon, também estudante de Engenharia Civil, relata a experiência que o evento trouxe. “É sempre bom ouvir profissionais experientes, dá um gás maior para falar sobre as antigas tecnologias e as que estão vindo agora. É a renovação da engenharia”, afirmou.

 

Para os palestrantes, olhar para o passado é aprender com a base que fomentou o avanço da  tecnologia do setor. “Workshop como estes são uma oportunidade de revivermos as tecnologias do passado, falar sobre obras monumentais, como o Banco Central. É importante para repassarmos aos estudantes e profissionais mais novos, uma referência histórica e tecnológica do segmento”, ressaltou Renato Cortopassi.

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