Amor pela empresa e pelo planeta

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Yasmin Almeida
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

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Associada ao Sinduscon-DF, o Grupotecno é uma das poucas empresas que praticam sustentabilidade na construção civil do Distrito Federal

Uma empresa com a sustentabilidade em seu DNA. Assim define-se o Grupotecno – Sistemas Construtivos, uma das organizações associadas ao Sinduscon-DF, que apresentou suas práticas ambientais na palestra “Práticas Sustentáveis, agregando valor ao negócio”. O evento foi realizado ontem (5), na Federação da Indústrias do Distrito Federal (Fibra).

A construção civil gera, naturalmente, muito resíduo, o que torna a discussão sobre sustentabilidade um desafio para o setor. Essa é a visão do representante do Grupotecno, Fábio Caribé, que mostrou que, com uma política de economicidade, reaproveitamento e reciclagem, é possível, sim, unir proteção ao meio ambiente e ganho econômico.  

O diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Sinduscon-DF, Marcontoni Montezuma, também presente na palestra, afirmou que o objetivo do encontro foi dar continuidade à promoção da cultura da sustentabilidade na indústria. “Queremos mostrar que é possível unir ações sustentáveis ao êxito empresarial, sem precisar degradar o meio ambiente”, ressaltou. 

 
Construção sustentável e lucrativa 


 

O princípio básico utilizado pela construtora Grupotecno é utilizar ao máximo os recursos disponíveis, buscando sempre o melhor aproveitamento desses materiais, ou seja, tudo na empresa é reutilizado para outro fim.  “O resto do bloco que cai no chão, de um dia pro outro, ainda tem cimento virgem e pode ser utilizado para a fabricação de meio fio”, explicou Caribé. Além disso, com essa sobra recolhida, 350 mil kg de material deixam de ir para o aterro sanitário, economizando 10 viagens de carreta para o transporte. 
 
Hoje, a empresa, que começou com obras de edificação e passou anos prestando serviços de drenagem, pavimentação e infraestrutura urbana, se diversifica com uma fábrica de blocos e uma usina de concreto. Caribé reforçou que todo material excedente no sistema produtivo, que normalmente iria para o aterro sanitário, é reaproveitado para outros produtos. Ele ainda destacou o sistema de reciclagem de água que foi construído. Uma água suja e barrenta transforma-se em uma água limpa e pronta para ser usada nos processos de manutenção da empresa, como limpeza de pátios, lavagem de caminhões e etc. Ou seja, não se utiliza mais água para esse tipo de serviço, se reaproveita a mesma.  
 
A empresa, que possui uma outorga de 100 mil litros de água por dia, recicla cerca de 30 mil litros diariamente, ou seja, 30% da quantidade estipulada. “Com isso, fazemos economia de água e ainda temos uma reserva técnica para ampliar nosso processo produtivo e, consequentemente, nosso faturamento”, ressaltou Caribé, que garantiu que as ações ajudaram a dobrar o lucro líquido da empresa.  A engenheira civil do Grupotecno, Diana Nascimento, acredita que a sustentabilidade é vital nos dias de hoje. “A gente tem que reduzir, caso contrário, vai ficar insustentável. Os nossos materiais são finitos, principalmente na construção civil. Temos exploração de jazidas e emissão de CO², então, é preciso que cada um faça a sua parte e preserve o nosso planeta”, reforçou. 
 
Bons exemplos
 
A palestra na Fibra também teve a apresentação de outros dois exemplos de boas práticas ambientais, como o da fundadora do premiado Laboratório Sabin, Janete Vaz. “Trabalhamos em três pilares de sustentabilidade bem estruturados: a sustentabilidade financeira, ambiental e social. Desse modo, conseguimos crescer em média 1.066% em 10 anos e obter 99% de resultados com qualidade”, comemorou a empreendedora. A empresa já tem 31 anos de mercado, 180 unidades e 3 mil colaboradores. 
 
O outro case de sucesso apresentado foi o da Gráfica Athalaia. O empresário Diego Santos defendeu que a atividade precisa causar o menor impacto possível ao meio ambiente. Mostrando o sistema de reciclagem de papel e chapa offset, Diego concluiu: “infelizmente, parte da população ainda não se importa se uma empresa é ambientalmente correta ou não. Mas, em um futuro próximo, isso será um diferencial, que nós já temos. Para nossa imagem, tomar medidas sustentáveis é imprescindível. É um investimento”.

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