Solução da crise passa pela reforma do estado, enxugamento da máquina e aprovação de reformas – Cbic

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Assessoria de Comunicação da Cbic

A solução da crise brasileira exige um movimento claro do governo federal na indução de medidas estruturantes que favoreçam a retomada da economia e de sua própria credibilidade, com vistas a esvaziar a turbulência política e as dúvidas do setor produtivo. Atores políticos e econômicos convergem na percepção de que falta ao Poder Executivo uma compreensão adequada da dimensão dos problemas e capacidade para encaminhar ações que revertam a situação, tendo como reflexo mais aparente a deterioração continuada do cenário econômico e, o mais preocupante, o aumento significativo do desemprego. Essa é a síntese dos debates promovidos nos painéis econômico e político do 87º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que levou empresários e dirigentes do setor à Bahia, entre os dias 23 e 25 de setembro, para uma reflexão sobre o momento por que passa o país e a indústria da construção. Palestrantes convidados para o evento convergiram ao rejeitar o aumento ou a criação de novos impostos e ao defender a redução do tamanho do Estado brasileiro.

O Brasil pode estar à beira de uma revolta tributária, em que os diversos setores da sociedade reagirão contra um novo aumento da carga tributária. Esse é um dos sinais enxergados pelo economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca, para quem ainda não há um horizonte para a retomada da economia. “As características da crise atual são diferentes. Não há uma expectativa de recuperação no curto prazo”, afirmou, durante a palestra que proferiu no painel econômico do 87º Enic. Diante de empresários e dirigentes da indústria, em um plenário lotado, Giannetti afirmou que o Brasil vive um quadro crônico de dificuldades, em que a solução dos problemas fiscais exige mais do que um simples pacote. “É preciso uma mudança de postura e rediscutir o pacto federativo. O tamanho da máquina terá de ser reduzido”, frisou. Para Giannetti, essa mudança deve culminar na descentralização dos gastos públicos, levando os recursos para mais perto da sociedade, onde os investimentos sejam necessários. Um movimento que criará mais transparência e qualidade nos desembolsos das esferas de governo, especialmente a federal.

O posicionamento do economista vai ao encontro das preocupações do setor da construção, que tem criticado o modelo de ajuste fiscal do governo federal, ancorado no aumento e criação de impostos em detrimento do investimento em projetos estruturantes. “É preciso uma mudança de postura Não há como sair dessa crise sem enfrentar esse debate. É preciso melhorar a qualidade do gasto público”, diz José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). O painel econômico do Enic foi mediado pelo cientista político Leonardo Barreto, que ancorou o diálogo com a plateia. O debate contou com as participações do presidente do Sinduscon da Bahia, Carlos Henrique Passos; e da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Luciano Muricy.

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