Agência CBIC
Um dos mais significativos empreendimentos urbanísticos, de construção civil e de incorporação imobiliária das últimas décadas na cidade do Rio de Janeiro, o Porto Maravilha foi apresentado, neste sábado (18), aos participantes da 91ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), que, durante a visita técnica, conheceram todos os detalhes do amplo investimento, para o qual serão investidos cerca de 10 bilhões de reais. “Cerca de 5 bilhões de reais já foram investido na região e outros 5 bi serão investidos em infraestrutura nos próximos anos”, confirmou o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cedurp), Antonio Carlos Mendes Barbosa.
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Embarcados em um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), os participantes do ENIC iniciaram o percurso no aeroporto Santos Dumont rumo ao Edifício Aqwa Corporate, onde houve uma palestra sobre o Porto Maravilha, os investimentos e as obras de infraestrutura em andamento na região da zona portuária. A visita técnica, último evento do ENIC de 2019, estendeu-se ao Aqua Rio, Praça Mauá e Museu do Amanhã.
O resultado da edição carioca do evento promovido pela Câmara Brasileira de Construção Civil (CBIC) empolgou organizadores e participantes. Durante a visita técnica, a Agência CBIC ouviu alguns deles.
Gestora do Seconci-Rio e do Sinduscon-Rio, Ana Claudia Gomes, que também preside a área de responsabilidade social da Câmara Brasileira da Indústria, foi a coordenadora operacional do 91º ENIC. Para ela, o evento mostrou que os atores do setor de construção civil estão atentos às mudanças no país. Em abril havia 350 inscritos. No mês seguinte, pouco antes da realização do evento, o número de participantes saltou para 1300.
Para a Ana Claudia, não é possível uma retomada econômica sem que esta tenha como uma das alavancas a área da construção civil. “Para que todas essas ideias pudessem fluir e acontecer é importantíssimo o papel que o ENIC faz com maestria de articular politicamente para que a gente possa garantir que essas ideias que estão nascendo sejam legítimas e efetivas e possam trazer resultados que a indústria tanto espera”, afirmou.
Diante de um cenário de incertezas pelo qual passa o país, onde o mercado aguarda a definição de importantes reformas, Ana Claudia reconheceu que a realização desta edição do ENIC representou um desafio para o setor de construção civil, mas a opção por debater o futuro e a inovação fez com que o resultado do evento não fosse outro senão o sucesso.
“Foi um desafio fazer um ENIC que fosse efetivamente novo para que o networking e a troca de ideias fossem maiores; para que a gente pudesse conectar as pessoas para pensarem no futuro. Acho que esse foi o grande desafio do ENIC”, observou.
Gerente de projetos da CBIC, Geórgia Grace destacou que a CBIC se preparou bastante para esse ENIC, inclusive enviando propostas ao governo e conversando com todas as esferas do governo e dos Três Poderes. “No ENIC, houve nos painéis a dinâmica de articulação institucional da CBIC muito bem configurada. Tinha empresários discutindo com o Executivo e o Judiciário, com especialistas e a academia. Devido à qualidade dos temas e debates, as grades técnicas realmente estavam difíceis de escolher. O ENIC tem essa ambiência política ladeada com o aprofundamento técnico. Foi um evento de sucesso”, constatou.
Presidente do Sinduscon-RO, Emerson Fidel é um entusiasta do ENIC. Para ele, que participa pela quarta vez do evento, o movimento que o setor executa é surpreendente e positivo para que o país busque a retomada do desenvolvimento. “Ainda não sentimos retomada, mas, no ENIC, vimos uma luz de que o governo está no caminho certo. Infelizmente tem os obstáculos, mas aquela última palestra, com a participação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente da Caixa [Econômica Federal, Paulo Duarte Guimarães], mostrou que o governo está se articulando de tal forma para que passe a reforma da Previdência na Câmara e com isso esse país saia do marasmo e voltem os investimentos para as empresas”, analisou.
Engenheira civil e gerente técnica do Sinduscon-DF, Gezeli Bandeira de Mello também exaltou o esforço da CBIC para a realização de um ENIC com um olhar para o futuro. “Gostei muito dos temas abordados e dos palestrantes. O setor é de extrema importância. A aproximação política é importante quando feita com bastante discernimento e sabedoria. Vi muito essa parte do futuro, essa parte técnica, que é a que mais me interessa”, elogiou.
Para Waldermar Stefan, da Fábrica de Startups e designer do ENIC, não há dúvidas: a edição do ENIC deste ano concentrou-se na preocupação com o futuro político do país. “Vimos isso refletido na plenária. Essa é uma preocupação de todo brasileiro. Essa foi uma tônica do ENIC, que foi superconcorrido”, disse.
Promovido pela CBIC, o 91º ENIC é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e contou com a correalização da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-Rio) e do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio).