Assessoria de Comunicação da Cbic
Com a presença de autoridades federais e estaduais, dentre as quais o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi realizada na noite de quarta-feira (15/05) a solenidade de abertura do 91º Enic, no Windsor Expo Convention Center Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Autoridades e empresários convergiram na defesa de uma agenda positiva que leve à recuperação da economia, com geração de empregos, e da mobilização da sociedade para sustentar os avanços necessários. Cerca de 900 participantes inscritos presenciaram a abertura oficial do evento, que será encerrado na sexta-feira (17). “Nós precisamos nos preparar para os próximos passos”, afirmou o presidente da Cbic, José Carlos Martins.
n
Na ocasião, Witzel revelou que o governo lançará ainda este ano o programa habitacional de baixa renda “Casa Nova” destinado a famílias que tenham teto orçamentário mensal de até 5 mil reais. A meta é criar, inicialmente, 20 mil unidades, confirmou ele. Em seu discurso, o governador reforçou a importância da construção civil para o desenvolvimento econômico do estado. “Todos sabem que a construção civil é o setor que mais gera empregos. Ele destacou que a Cedae prepara a concessão de várias áreas que vai gerar cerca de 10 bilhões de reais em outorgas, que aquecerão o mercado de construção civil no estado.
Witzel ainda citou as licitações que planeja para o Arco Metropolitano e a ampliação da malha ferroviária no estado, para a qual pretende lançar uma licitação até 2022, ano em que expira seu mandato. Após sua participação na abertura do Enic, o governador seguiu para uma reunião com empresários ingleses na busca de atração de investimentos para o estado.
O presidente da Cbic criticou o excesso de burocracia que atinge vários setores do mercado, sem distinção. Witzel tem a mesma opinião ao lembrar que o setor de construção, por exemplo, depara-se com o aumento de 2% do valor final do imóvel.
Martins exaltou o empenho do governo federal para a busca de aprovação no Congresso Nacional para o projeto de reforma da Previdência. Martins reconheceu, entretanto, que o processo não é simples, mas é o principal para a retomada econômica do país. “É uma agenda nossa. Indiscutível. A reforma da Previdência tem que ser a principal. É dolorosa, mas tem que ser feita”, avaliou. “Precisamos mostrar ao trabalhador se vai ter emprego. E só vai ter com reforma. Temos de acabar com os privilégios. Tem de sair do feijão com arroz senão fica tudo parado”, completou.
Ele também alertou para os prejuízos provocados pela paralisação de obras em todo o país, que impedem de serem oferecidos cerca de 500 mil empregos diretos e reduz o percentual do setor de construção civil no PIB potencial e no PIB nacional. Ampliar as parcerias público-privadas é uma alternativa, explicou Martins. Mas ele ressaltou ser também essencial que a máquina pública seja mais enxuta e, consequentemente, mais eficiente para que programas como Minha Casa Minha Vida não percam o rumo do desenvolvimento e da inserção social.
Para o presidente da Cbic, o maior desafio do programa habitacional federal é estender-se a áreas urbanas, com empreendimentos de menor proporção. “Inovação tem a ver com investimento e credibilidade. Temos de ter solução de continuidade. Não dá para viver de voo de galinha. Não podemos deixar crescerem as vozes contrárias”, alertou.
Promovido pela Cbic, o 91º Enic é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e contou com a correalização da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-Rio) e do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio).