Mar de algodão

Mar de algodão
Compartilhe:

Dionyzio Klavdianos
Presidente do Sinduscon-DF

Nunca havia passado por uma plantação de algodão tão imensa, melhor, no ponto de colheita, melhor ainda, assistindo a colheita, há poucos metros da estrada.

Minutos antes, no trecho que liga a cidade de Posse-GO à Luiz Eduardo Magalhaes-BA passara por nós uma carreta, dita bi-train, colossal, com uma carga de diversos troncos de cilindros, cada um de diâmetro equivalente ao dobro da altura de um adulto, que cobertos não nos permitiram identificar do que se tratava...

Eram as bobinas já enroladas, as máquinas vão devorando os caroços de algodão e expelindo as bobinas prontas, enroladas, quase certo que já cobertas pelo plástico colorido, depois, imagino, caminhões, há dezenas agora estacionados no pátio, as encaminham até o ponto onde as tais carretas que vimos na estrada as levam para o destino final...

Que pode ser algum terminal ferroviário, depois porto e China ou algum polo têxtil, todas rumavam para o sul...

Gicelene comenta que em vez de sala de aula deveria levar os alunos para conhecer o fato onde acontece, Maria Luiza nos conta o que aprendeu na escola sobre as formas de cultivo, no caso que acompanhamos ao vivo, rotação de cultivo, algodão e sorgo, que também nunca tinha visto de perto.

Um mar de algodão e sorgo, 200 km de estrada reta de Posse até Luiz Eduardo Magalhães, Bahia, até onde a vista alcança, sem quase nada de cerrado ou pasto para quebrar a monotonia…

Sabe aquelas coisas que você leu ou ouviu falar e quando vê meio que mexe? Luiz Eduardo Magalhães, cidade que há 30 ou 35 anos atrás nem existia e agora é um símbolo da pujança do agro negócio…

Aula de história, economia, geografia, política… para quem está entrando na escola agora, indo pra faculdade ou já saiu dela há 30, 35 anos…

Voltar