Dia dos Namorados

Dia dos Namorados
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Ainda faço um livro …

Dionyzio Klavdianos

Presidente do Sinduscon-DF

A capa é de um pimentão velho, que já estava há um mês na geladeira, portanto já curtido, bem molinho, nem precisa picar.

Já os tomates não, vermelhinhos, explodindo de juventude, comprado há duas horas. Faço uns furos com a ponta da faca para deixar que o azeite penetre e os faça murchar.

O queijo é minas, de Coromandel, me contou no dia da compra a dona da banca, mas embora curado não chegou no ponto. Azedo, não de ruim, derrete rápido, a ideia então é que cumpra a sina e ao final transforme-se numa crosta apenas, fará o papel do bacon.

Dois ovos fritos, o redondinho não tem duas semanas que a galinha botou, o que esparramou, uns dias a mais.

Pimenta do reino, orégano, azeite…

O pão é de gergelim, assado na panela, tipo italiano, mas quem fez corrige, cerradiano.

Comi já e estava uma delícia, o pimentão, que nem eu imaginava, doce, menos que os tomates, que mais pareciam uvas.

Pra Gicelene, café na cama, suco de laranja, pamonha doce “_que aumentou um pouco…”, me conta a vendedora, R$ 6,00…, um litro da gasolina, bandeja ornamentada com singelo buquezinho de flores…

Tudo comprado em bancas de agricultores locais no Ceasa, o suco não, na padaria do Núcleo, nem os ovos, das galinhas do quintal da casa de minha mãe.

Dia dos namorados, consumo local.

 

 

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