Dionyzio Klavdianos
Presidente do Sinduscon-DF
O Teatro Nacional está fechado desde 2013. Nos informaram a data certa durante visita de empresários ao local para certificação do estado de deterioração em que se encontra o monumento. A impressão que tinha era de mais tempo.
Fora a falta de cadeiras em algumas das fileiras da Martins Pena, aos olhos, poucos são os sinais de degradação que saltam. As instalações de combate e prevenção de incêndio foram determinantes para o cerramento das cortinas. Agora, precisamos de 200 milhões para descerrá-las novamente, projeto de um especialista gaúcho, para um teatro cuja acústica lembra a do Epidauros, o famoso teatro aberto da Grécia, onde traquitana alguma é necessária para se ver e ouvir um espetáculo.
Grécia que foi o tema da festa dos 15 anos da Maria Luiza. Sua mãe se superou, estava tudo lá, Molos, o restaurante de minha tinha, que fica bem em frente ao porto da ilha de Zakinthos, terra natal do avô de sua filha, um painel imenso da praia do Navagio, chamariz de qualquer agência turística em qualquer país do mundo. No centro, um lindo caramanchão, tão importante quanto cozinha em qualquer casa de vilarejo, ornado com flamboyants cor de rosa em vez das parreiras que comumente compõem o conjunto na Grécia, mas tão típicos quanto, florindo em latas de tinta ou azeite já usadas, brilhando sob os raios de sol no tórrido verão grego…
As colossais colunas gregas, eram colossais mesmo, porta de entrada da pista de dança, como os originais em Olímpia são do estádio de atletismo, onde Maria Luiza puxou a fila do kalamatianós, a mais singela das danças tradicionais, com a graça que só vi puxar exímias dançarinas do nosso grupo de danças.
Eu tive que aprender, aos 55 anos, a dançar o Zorba para, com ela, fazer par numa das danças mais conhecidas no mundo. Zorba o Grego, o espetáculo mais marcante dentre tantos que tive o privilégio de assistir no Teatro Nacional, agora só menos marcante que o espetáculo que foi a festa de 15 anos da Maria Luiza.
