PMCMV presidente

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Dionyzio A. M. Klavdianos
Vice-presidente do Sinduscon-DF
Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat)

Na quinta feira, 18 de setembro, Folha, Estadão e Valor repercutiram as trezentas e cinquenta mil moradias a mais que serão integradas ao PMCMV 2 ou servirão para estrear o 3 . Boa ação social da Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC) e política do governo , afinal não fosse o adendo em cima da hora 500 mil empregados ,segundo a CBIC, poderiam ser demitidos já que a meta do PMCMV 2, 2,75 milhões até o fim do ano, será cumprida em ritmo de tarefa.
 

Reclamar o que de um programa que ajudou a sacudir a poeira da única indústria brasileira ainda intensiva em mão de obra mal qualificada?
 

Nada… Nada não. Tem sim, o quanto ainda está mal aparado o nível de qualidade técnica das obras entregues, afinal dá para imaginar a vida de quem comprou casa mal construída pelo programa tendo 30 anos para quitar.
 

Não há como se ter uma ideia precisa, mas a despeito dos esforços do governo e de entidades setoriais muita gente se aproveitou do programa para construir porcaria financiada com dinheiro público sem que fossem impedidos. Aqui no post falamos muito disto , basta clicar PMCMV, ou andar pelo entorno da capital de Brasília.
 

Pena que no Brasil boas ideias como a deste programa não surgem na forma de um plano completo, com os aspectos sociais, ambientais, econômicos, financeiros e técnicos pensados em conjunto. No momento, depois de quase três milhões de casas entregues, um caderno de especificações técnicas para atendimento ao padrão mínimo de desempenho da Norma Técnica de Desempenho, NBR 15575, está ficando pronto, e pelo menos a estrutura da obra no patamar mínimo exigido pela referida Norma deve ”aguentar” 50 anos, o que já serve bastante.
 

Daqui a pouco surgirão mais queixas quanto ao desempenho dos imóveis já entregues, notadamente, reforço, relacionados àqueles que construíram de forma irresponsável, na informalidade, desrespeitando Normas Tecnicas vigentes, e conseguindo vender os imóveis, sabe-se como, financiados. Para estes casos não haverá outro jeito , escreve ai Eduardo, que não perdoar dívidas contratadas. Particularmente acho que, além do perdão da dívida, os moradores deverão ter direito também a uma reforma decente do imóvel que compraram imaginando que os abrigaria por toda a vida.
 

P.S.: Este post foi escrito com base numa conversa que tive com o João Bosco, que entende bastante de obra bem feita e já viu por onde passa algumas bem aquém de seu padrão de compreensão.

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